No dia 28 de setembro, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco esteve com os anciãos e os avós, no primeiro dia internacional dedicado à terceira idade, promovido pelo Pontifício Conselho para a Família. O encontro, intitulado: A bênção da vida longa, coincidiu com o Dia de Orações para o Sínodo sobre a Família, inspirado nos inúmeros discursos do Papa que várias vezes ressaltou a tragédia da cultura do desperdício, típica de uma sociedade que não cuida dos anciãos, descartando-os com atitudes que contêm o conceito da eutanásia.
Agradeço de maneira especial a presença do Papa Emérito Bento XVI. Eu disse tantas vezes que gostaria que Ele habitasse aqui no Vaticano porque a sua presença é como ter um avó sábio em casa. Obrigado Palavras do Papa Francisco dirigidas ao Papa emérito Bento XVI, no encontro com os idosos, esta manhã na Praça de S. Pedro.
No seu discurso o Santo Padre recordou que os cristãos juntamente com todos os homens e mulheres de boa vontade são chamados a construir com paciência uma sociedade diversa, mais acolhedora, mais humana, mais inclusiva. E lembrou que um povo que não cuida dos seus idosos, dos seus avós e sobretudo os maltrata, é um povo sem futuro, pois que está privado de memória, vive separado das próprias raízes. Cabe portanto aos cristãos, manterem viva estas raízes familiares.
O encontro foi uma oportunidade para reafirmar que, como havia dito o arcebispo Vicenzo Paglia, presidente do Conselho Pontifício para a Família, «a velhice não é um naufrágio, mas uma vocação: prolongaram-se os anos de vida, mas sobre este assunto não foi desenvolvida uma reflexão adequada, nem na política, nem na economia, nem na sociedade e muito menos na cultura».
«Deve-se repensar a velhice e também deve ser reconsiderado o compromisso dos idosos no mundo, assim como o da Igreja para com eles. Além de todos os aspectos civis, há uma cultura que os idosos podem transmitir, com uma particular atenção em não conceber o enfraquecimento da vida como a tragédia final, mas como um testemunho da esperança na vida após a morte».
O evento de 28 de setembro situa-se no contexto do Dia de Orações para o Sínodo sobre a Família, vista como espaço fundamental e primário, onde um idoso pode viver dentro de um conjunto de relações que o sustentam e que por sua vez é chamado a animar e enriquecer. Os idosos não são apenas objeto de atenção e cuidados, mas são também os protagonistas de uma nova perspectiva de vida.