Diante de desafios tão grandes, como a ausência da paz e da fraternidade em muitos lugares, a forte fragmentação que gera desânimo, solidão, falta de esperança, também o mundo dos religiosos e religiosas, definidos como especialistas de comunhão (doc.Religiosos:Justiça e Promoção humana), são interpelados com urgência a responder a esses fenômenos desagregadores, estando em comunhão e sendo solidários com todos.
Os carismas são dons para a comunidade. Quem os recebeu deve acolhê-los e cultivá-los não em função de si mesmo, mas como um dom para todos. Uma vez que o carisma é dado para o bem comum, de algum modo deve ser capaz de despojar-se de si mesmo para viver em função do bem de todos. Isso exige partilha, caminho comum e sinergia. São Paulo afirma: A cada um é dada uma manifestação particular do Espírito para o bem comum (Cor. 12,7).
E como os carismas podem ser uma resposta para a Nova Evangelização?
Uma expressão do documento final da V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano em Aparecida é bastante significativa. Diz: A Igreja cresce não por proselitismo, mas por atração. E continua: A Igreja atrai quando vive em comunhão, uma vez que os discípulos de Jesus serão reconhecidos quando se amarem uns aos outros, como Ele nos amou (Jo. 13,34). Ele nos garantiu que amando-nos, como ele nos amou, seremos reconhecidos como seus discípulos, e Ele pediu ao Pai para fazer-nos participar da mesma comunhão que constitui a vida de Deus a fim de que o mundo creia.
Com a finalidade de promover e realizar a comunhão entre carismas realizou-se dos dias 13 a16 de janeiro o Congresso Nacional para consagradas com o título A contribuição dos carismas para a Nova Evangelização.
A Mariápolis Ginetta foi o cenário dessa composição variada de 69 consagradas de 22 congregações, com palestras, dinâmicas, momentos de reflexão e muita comunhão. Foi possível experimentar, em pequena escala, a fraternidade em nível interpessoal e entre os carismas. Constatou-se que a comunhão é o ponto de partida para que os carismas possam ser fecundos para a Nova Evangelização.
Irmã Loreto e irmã Antonia, responsáveis pelo setor das religiosas do Movimento dos Focolares, vieram de Roma para a realização deste evento, cuja proposta era justamente realizar um congresso-experiência no qual a prática do dialogo, da escuta e da acolhida recíprocas fossem constantes. O Congresso teve realmente esta característica, como afirmam as religiosas que participaram:
A comunhão com outros carismas fez surgir em mim o desejo de evangelizar e de viver pela fraternidade universal .
Percebi que a espiritualidade de comunhão nos faz abertas e nos prepara para acolher todas as realidades da vida humana. Através da comunhão que fizemos aqui, tive a certeza de que è possível uma sociedade fundamentada no amor.
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