Alfredo Zirondoli nasceu em Carpi (Modena Itália) no dia 31 de maio de 1926. O pai sustentou desde sempre a sua inteligência aguçada em vista do seu sucesso humano, enquanto a mãe, Albertina Violi (desde 2007 serva de Deus) foi um forte apoio para o amadurecimento espiritual do filho.
O sucesso chegou. Com apenas 23 anos, apesar das dificuldades decorrentes da guerra, Alfredo tornou-se o médico mais jovem da Itália, aperfeiçoando-se em anestesiologia na Universidade Bocconi, de Milão.
Neste período, em Milão, conheceu Ginetta Calliari, uma das primeiras jovens que seguiram Chiara Lubich. Conquistado pelas palavras daquela jovem focolarina, decidiu: «Se Jesus amou desta maneira, sem esperar nada, sem esperar que o Pai respondesse eu quero viver assim!»
Sendo chamado a Pisa para instalar o serviço de anestesia na Universidade, Alfredo comunicou a sua nova descoberta do Evangelho a muitos. Humberto conheceu-o numa conferência. Lembra: «Contou-nos uma fascinante série de episódios, fruto do seu empenho de viver o Evangelho nos relacionamentos quotidianos com os doentes, enfermeiros e médicos. Com o seu testemunho, abriu um horizonte que mudou completamente a minha vida».
Em contato com aquela experiência, mudou também a vida da sua mãe. Albertina sentiu-se chamada a testemunhar que, na unidade, fruto do amor recíproco, existe uma presença de Jesus que faz não só acreditar Nele, mas também experimentar que Ele está vivo.
Em 1954, Alfredo advertiu o chamamento de Deus a deixar tudo para O seguir e entrou no Focolare. Pelo seu carater mariano, Chiara chamou-o de Maras (de Maria Assunta), nome pelo qual é conhecido por muitas pessoas. Contribuiu para a vida dos Focolares em Portugal, França, Espanha, Inglaterra, Irlanda e Argélia.
A partir de 1966, juntamente com Renata Borlone, coordenou a Mariápolis permanente internacional de Loppiano, que estava nascendo, ajudando a superar cada dificuldade com muito entusiasmo. Assim o recordam, por exemplo, os primeiros membros do grupo musical Gen Rosso, nascido em Loppiano precisamente naquela época: «O Maras tinha conhecimentos de música. Ensinava-nos a nos escutarmos reciprocamente, para harmonizar cada voz com as dos outros, de modo que nenhuma prevalecesse. Era um modo de nos ensinar a saber conviver, acolhendo os outros, servindo, colocando-nos em relevo uns aos outros.»
Este foi o seu relacionamento com muitas pessoas. Tinha uma grande capacidade de transmitir as realidades espirituais com uma luz e uma sabedoria envolventes e fascinantes. Tinha um grande número de amigos, de irmãos de várias categorias sociais e com percursos espirituais muito diferentes. A sua ligação com eles era baseada num relacionamento com Deus, renovado e purificado pelos acontecimentos da vida. Sabia transmitir o fascínio da aventura de ser cristão.
Depois de Loppiano, em 1981, Chiara pediu-lhe para contribuir para começar uma experiência análoga em Montet, na Suíça.
No dia 7 de janeiro de 2000, Alfredo comunicou a Chiara o surgimento de uma doença grave. Imediatamente recebeu o seu apoio: Jesus no nosso meio continuará a fazer crescer em você a certeza de que tudo é amor!
Desfrutar bem os últimos momentos que temos na vida, escreveu pouco antes de morrer. Fiz muitas coisas na vida, corri por muitas partes do mundo, mas a única coisa que vale é que procurei nunca esperar nada de ninguém, mas ser sempre o primeiro a amar.
Partiu para o Céu no dia 31 de dezembro de 2008 e, desde então, muitas pessoas têm testemunhado a gratidão pela sua vida, por aquilo que os seus conselhos e o seu testemunho representaram para elas.