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01 out
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Agir com retidão

Ao meditar essa frase de hoje, procurei substituir a palavra retidão pela palavra amor.
Quando agimos com amor somos honestos, justos, respeitosos e misericordiosos.
Quando colocamos amor em nossas ações, somos fiéis nas pequenas e nas grandes coisas.
Quando fazemos tudo por amor, agimos com retidão diante de todas as circunstâncias e nos tornamos um exemplo que arrasta, que ajuda a construir um mundo melhor, onde a justiça prevalece e a honestidade é mais valiosa do que todas as riquezas materiais.
Quando agimos com amor, agimos com retidão.

Apolonio Carvalho Nascimento

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30 set
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A tolerância viabiliza a paz

A tolerância é importante para que haja a paz entre todos, porque ela torna possível a convivência com a aceitação das diferenças.
A tolerância é o primeiro passo para o diálogo aberto e respeitoso entre pessoas com pontos de vista diferentes e, às vezes, até mesmo opostos.
No mundo atual, os meios de comunicação, sobretudo os aplicativos de “chat” e as redes sociais, aproximaram muito as pessoas com relação à comunicação. Porém, estamos correndo sérios riscos de distanciamento entre nós, porque a “liberdade” de expressão nesses mesmos meios está nos tornando intolerantes uns com os outros.
Cada um fala, escreve ou repassa coisas que podem ferir a sensibilidade dos outros. Isso está acontecendo principalmente nos grupos que, paradoxalmente, foram criados com a intenção de agregar, de unir e aproximar as pessoas.
Vivamos a tolerância em todos os lugares, no mundo real ou virtual, para chegarmos ao diálogo, à comunhão, à unidade, à paz.

Apolonio Carvalho Nascimento

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29 set
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Dialogar sem se cansar

Iniciamos este novo dia com uma tarefa difícil: dialogar sem se cansar.
É mais fácil querer impor a nossa opinião; e, mais fácil ainda, é não expor a nossa opinião. Porém, nada é mais construtivo do que o diálogo.
Para saber dialogar, duas coisas são fundamentais: saber escutar e saber colocar o seu ponto de vista.
Confesso que este é um grande defeito meu. Não saber fazer bem nenhum dos dois. Mas, meu esforço não é em vão. Nem sempre consigo, mas continuo tentando. Nas vezes em que consigo escutar bem, vejo que saio mais enriquecido. Nas vezes em que consigo dizer minha opinião com desapego e sem arrogância, vejo que me faço entender mais com minha atitude do que com minhas palavras.
Inicio este novo dia com o propósito de recomeçar sempre a dialogar sem me cansar.

Apolonio Carvalho Nascimento

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Mariápolis na serra carioca 2023
28 set
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Mariápolis na serra carioca em 2023

Foi a Mariápolis do reencontro. O congresso das dezenas comunidades do Movimento dos Focolares no Rio de Janeiro e Juiz de Fora reuniu 258 pessoas, no Sítio Recanto de Papucaia, em Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro. A Mariápolis foi realizada nos dias 7 a 10 de setembro, com um programa temático “O Amor que se comunica”. A última edição presencial tinha sido em 2019.

Com uma rica programação, de meditações, troca de experiências, convivência, música, arte e entretenimento, houve espaço e tempo para famílias, diversas gerações, momentos ecumênicos. Todas as ocasiões se tornavam motivos para convivência e relacionamentos.

No primeiro dia, falou-se de Deus Amor e das fontes de Deus. O segundo dia levantou o tema do diálogo, como metodologia que nasce do Amor. E no terceiro a temática foi sobre A ressurreição de Roma. Cada ponto com experiências marcantes e emocionantes.

Para a Jennifer Salgueiro a Mariápolis foi “um encontro para tomar fôlego, louvar a Deus e acreditar que estamos no caminho certo: de construção do mundo unido”.

Já a Rosimeire, de Juiz de Fora, participou pela primeira vez de uma Mariápolis, e diz que foram muitos os aprendizados: “aprofundei mais no amor de Deus; saio daqui renovada, com o desejo de colocar em prática o que aprendi”, exclama.

A Neiva, da Igreja Presbiteriana Unida, afirma que é desafiador voltar para casa e transformar os lugares difíceis onde se vive e agradece. “Obrigada por esses momentos de paz e unidade vindos daqui, realmente a Mariápolis é um pedacinho do céu.”

E entre as inovações do encontro, a novidade tecnológica foi a criação de um aplicativo para que os participantes acompanhassem a programação diária, as músicas e outras funcionalidades durante o evento.

As equipes da organização ficaram muito felizes com os resultados, o empenho de todos nos aspectos práticos, condução de programa e o forte clima de família que se criou naqueles dias.

“Em cada detalhe se percebeu a boa vontade de cada um dar o melhor de si, vivendo o amor recíproco e compondo um belo mosaico para concretizar as maneiras do Amor que se comunica”, afirma Victor Machado, da comissão central que organizou a Mariápolis.

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28 set
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Tomar a iniciativa

Se estivermos na disposição de amar, daremos sempre o primeiro passo nesta direção.
Hoje gostaria de especificar um desses momentos, que é de fundamental importância para que o amor não fique apenas como um possível projeto.
Chiara Lubich gostava de repetir: “Cada ideia é uma responsabilidade.” No sentido que, quem dá uma ideia, deve procurar os meios de concretizá-la, deve tomar a iniciativa.
Essa é a proposta para hoje: tomar a iniciativa colocando em prática todas as ideias que tivermos para amar concretamente.
Que cada ideia corresponda a uma iniciativa; que cada ideia seja um gesto de amor ao próximo.

Apolonio Carvalho Nascimento

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27 set
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Doar com alegria

Doar é um gesto de desapego e de generosidade.
Se não houver esses dois elementos, sentiremos a privação daquilo que estamos doando.
Quando doamos com total desapego e com extrema generosidade, a nossa doação não é somente algo, mas é o nosso próprio ser que doamos ao outro. E se o fazemos com alegria, a mesma alegria se multiplica em nosso coração.
A felicidade que nasce em nosso coração é fruto do amor de Deus por nós, pois Ele ama quem dá com alegria. (Cf. 2Cor 9,7)

Apolonio Carvalho Nascimento

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26 set
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Valorizar os conselhos do irmão

A humildade é muito benéfica, pois ela nos ensina a saber escutar os conselhos do irmão.
Nós, às vezes, tendemos a rejeitar os conselhos porque os identificamos apenas com correções que o outro quer nos fazer.
Na verdade, o conselho é um dom do Espírito Santo, que o outro nos oferece por amor. Quando o recebemos como tal, ele se torna luz para nossos passos.
A humildade nos leva a dar um passo ainda mais positivo neste sentido: nos leva a pedir conselhos.
Em alguns momentos, sentimos a necessidade de uma orientação, de um conselho, para tomarmos uma decisão mais acertada, para descobrir qual estrada seguir.
“O coração se deleita com o óleo e o incenso, e com a doçura do amigo, num conselho cordial.” (Pr 27,9)

Apolonio Carvalho Nascimento

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“O que é de César, devolvei a César, e o que é  de Deus, a Deus.” (Mt 22,21) | Palavra de Vida Outurbo 2023
25 set
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“O que é de César, devolvei a César, e o que é  de Deus, a Deus.” (Mt 22,21) | Palavra de Vida Outubro 2023

Confira a Palavra de Vida outubro 2023 nos formatos texto, podcast, vídeo e baixe agora o PDF.

QUANDO Jesus entrou em Jerusalém, foi aclamado pelo povo como “Filho de Davi”, um título de realeza que o Evangelho de Mateus atribui ao Cristo, àquele que veio anunciar a vinda iminente do Reino de Deus.

Nesse contexto, ocorre um diálogo singular entre Jesus e um grupo de pessoas que o questionam. Alguns são herodianos, outros são fariseus: dois grupos com opiniões diferentes em relação ao poder do imperador romano. Perguntam-lhe se considera lícito ou não pagar os impostos ao imperador. Querem forçá-lo a tomar partido pró ou contra César. Tanto num caso quanto no outro teriam motivo para acusá-lo.

Mas, ao responder, Jesus também faz uma demanda: pergunta qual é a figura impressa na moeda em circulação. Como a figura é do imperador, Ele replica:

“O que é de César, devolvei a César, e o que é de Deus, a Deus.”

Mas o que se deve a César e o que se deve a Deus?

Jesus chama a atenção ao primado de Deus: de fato, assim como na moeda romana está impressa a imagem do imperador, assim também em cada pessoa humana está impressa a imagem de Deus.

A própria tradição rabínica afirma que todo homem é criado à imagem de Deus1, usando o exemplo da imagem estampada nas moedas: “Quando um homem cunha moedas com o próprio molde, elas são todas semelhantes; mas o rei dos reis, o Santo bendito, cunhou cada homem com o mesmo molde feito por Ele para o primeiro homem, e ninguém é igual ao seu semelhante”2.

Só a Deus, portanto, podemos nos entregar inteiramente, só a Ele pertencemos e Nele encontramos liberdade e dignidade. Nenhum poder humano pode reivindicar a mesma fidelidade.

Se existe alguém que conhece a Deus e pode nos ajudar a dar a Ele o devido lugar, esse alguém é também Jesus. Para Ele, “[…] amar significou cumprir a vontade do Pai, colocando à disposição a mente, o coração, as energias, a própria vida: Ele se entregou inteiramente ao projeto que o Pai lhe tinha reservado. O Evangelho nos apresenta Jesus sempre e totalmente voltado para o Pai […]. Também a nós Ele pede a mesma coisa: amar significa fazer a vontade do Amado, sem meias medidas, com todo o nosso ser. […] Para isso nos é pedido o maior radicalismo, porque não se pode dar a Deus menos do que tudo: todo o coração, toda a alma, toda a mente”3.

“O que é de César, devolvei a César, e o que é de Deus, a Deus.”

Quantas vezes nos deparamos com dilemas, escolhas difíceis que arriscam fazer-nos resvalar na tentação de buscar rotas de fuga fáceis. Também Jesus foi posto à prova diante de duas soluções ideológicas, mas para Ele estava claro: a prioridade é a vinda do reino de Deus, com a primazia do amor.

Deixemo-nos questionar por essa Palavra de Vida: será que o nosso coração se deixa conquistar pela fama, por uma carreira brilhante? Será que admiramos as pessoas de sucesso, os muitos influenciadores? Será que damos a essas coisas o lugar que caberia a Deus?

Com a sua resposta, Jesus propõe um salto de qualidade, convidando-nos a um discernimento sério e aprofundado da nossa escala de valores.

No profundo da nossa consciência, podemos escutar uma voz, às vezes sutil e talvez abafada por outras vozes. Mas podemos reconhecê-la: é aquela que nos impulsiona a sermos incansáveis na busca de caminhos de fraternidade e que sempre nos estimula a renovar essa escolha, mesmo à custa de ir contra a correnteza. 

Esse é um exercício fundamental para construir as bases de um diálogo autêntico com os outros, para encontrar junto com eles respostas adequadas à complexidade da vida. Isso não significa fugir da responsabilidade pessoal para com a sociedade. Pelo contrário, significa oferecer-se para um serviço abnegado em favor do bem comum.

Dietrich Bonhoeffer foi executado por causa de sua resistência civil ao nazismo. Durante a prisão, ele escreveu à sua noiva: “[…] não me refiro à fé que foge do mundo, mas que resiste no mundo e ama a terra e lhe permanece fiel, apesar de todas as penas que ela nos traz. Nossa união conjugal deve ser um sim à terra de Deus, deve fortalecer nossa coragem de trabalhar e realizar algo na terra. Temo que os cristãos que só arriscam pôr um pé na terra também só põem um pé no céu”4.

1) Cf. Gn 1,26. 

2) Mishnà Sanhedrin 4,5.

3) Cf. LUBICH, Chiara. O ideal da vida. Palavra de Vida, outubro de 2002. 

4) BONHOEFFER, Dietrich, WEDEMEYER, Maria von. Brautbriefe, Zelle 92, http://www.deutsche-liebeslyrik.de/extra_rubrik/extra16/bonhoeffer_brautbriefe.htm (tradução nossa).

Organizado por Letizia Magri com a comissão da Palavra de Vida 

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