Com participantes do Amapá, Pará e Rondônia, realizou-se em Manaus o 2º Congresso Norte e Nordeste de Direito e Fraternidade.
Uma ferramenta para construir uma sociedade mais justa e um futuro melhor a partir do Direito. Foi com essa frase que a corregedora-geral de Justiça do Amazonas, desembargadora Maria do Perpétuo Socorro Guedes Moura, traduziu o II Congresso Norte e Nordeste de Direito e Fraternidade, promovido nos dias 3 e 4 de novembro de 2011 pela Corregedoria Geral de Justiça, no auditório Desembargador Ataliba David Antônio, do TJAM. O encontro foi aberto pelo presidente do Tribunal, desembargador João Simões, que deu as boas vindas aos participantes e palestrantes, dizendo que o Judiciário do Amazonas se sentia honrado em abrigar um evento dessa magnitude.
Voltado para integrantes de todas as carreiras jurídicas, acadêmicos e professores do curso de Direito, o Congresso de Direito e Fraternidade superou a marca de 450 inscritos, com cada participante doando um pacote de fraldas geriátricas no ato da inscrição. As fraldas foram destinadas ao Abrigo Moacir Alves e ao Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC).
Cinco palestrantes de outros estados participaram do Congresso: Munir Cury, procurador de Justiça do Estado de São Paulo, ex-secretário de segurança de São Paulo e membro da Associação Brasileira de Magistrados e Promotores de Justiça da Infância e da Juventude ABMP; Carlos Augusto Alcântara Machado, promotor de Justiça de Sergipe; Carlos Aurélio Mota de Souza, juiz de Direito do Estado de São Paulo; Olga Maria Boschi Aguiar de Oliveira, Diretora do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Santa Catarina; e Cláudia Amaral Viana, Advogada Estado de São Paulo.
Participaram da cerimônia de abertura o secretário de Segurança Paulo Vital, que representou o governador Omar Aziz; o deputado Luiz Castro, representando a Assembleia Legislativa do Estado, o arcebispo Dom Luís Soares, além dos desembargadores Domingos Chalub, vice presidente do TJAM; Flávio Pascarelli, diretor da Escola Superior da Magistratura do Amazonas (ESMAM); Cláudio Roessing, Yêdo Simões, Paulo Lima, Wilson Barroso e Sabino Marques.
Para o desembargador João Simões, o Direito é uma criação do homem, em prol desse próprio homem. Por isso, tem tudo a ver com a fraternidade. E por isso este evento se chama Direito e Fraternidade, disse o desembargador.
Ao recepcionar os convidados e palestrantes, Socorro Guedes Moura apresentou dois vídeos de outros encontro do mesmo tema, realizado na Itália e no Brasil. É através do Direito que vamos contribuir para a transformação da vida. Mas isso se houver entre nós um forte espírito de fraternidade, disse a desembargadora.
De acordo com a desembargadora, o mundo hoje tem consciência de que a Terra é a nossa única casa, por isso a sustentabilidade será um tema amplamente debatido no Congresso, pois ela estimula nossa ideia de fraternidade.
Por meio da exposição de temas, conferências, debates e apresentação de experiências concretas, o Congresso discutiu meios de exercitar e aplicar a fraternidade na área jurídica seja por pequenos gestos ou por ações mais abrangentes a fim de dar uma contribuição positiva à atividade jurídico – normativa e à promoção da Justiça.
O Procurador de Justiça/SP Munir Cury abordou o tema Direito e Fraternidade na Construção da Justiça. Após o espaço para debate, o Procurador de Justiça/SE Carlos Augusto Machado palestrou sobre A Fraternidade como Categoria Jurídico-Constitucional. O juiz de Direito/SP Carlos Aurélio Mota apresentou o tema A Fraternidade como Categoria Jurídica no Direito Ambiental.
A mesa contou com a participação da desembargadora Socorro Guedes, corregedora-geral de Justiça do Amazonas e coordenadora do evento, e com a promotora de Justiça/AM, Nilda Silva de Souza.
O evento seguiu com a palestra A Academia e a Fraternidade: Um Novo Paradigma na Formação dos Operadores do Direito, ministrada pela Diretora do Centro de Ciências Jurídica da Universidade Federal de Santa Catarina, Olga Boschi uma das responsáveis pela implantação da disciplina Direito e Fraternidade no currículo acadêmico.
Em seguida, foi a vez da advogada paulista, Cláudia Viana, apresentar Experiência Práticas de Direito e Fraternidade.
A última palestra do evento foi com o juiz de Direito do TJAM, Adalberto Carim, sobre A Justiça Ambiental no Século XXI. Neste dia, a mesa contou com a participação do desembargador Flávio Pascarelli, Diretor da Escola Superior da Magistratura, e do advogado Fábio Mendonça, presidente da OAB Seccional Amazonas.
Mais informações: Escola Superior da Magistratura do Amazonas