


Assim falou a Presidente Maria Voce apresentando a Assembleia reunida na Sala Clementina, no Vaticano, para o Papa: As pessoas que estão aqui presentes, de várias idades, culturas, vocações, leigos e consagrados, virgens e casados, viveram uma experiência apaixonante de comunhão na qual, devido a um constante e sempre renovado amor recíproco, percorreram um caminho de discernimento comunitário, escutando o Espírito Santo, individualizando as linhas a serem seguidas para poder dar uma resposta às dores e às esperanças da humanidade de hoje com o nosso específico carisma de unidade.
Significativa a sua referência à Evangelii Gaudium: Foi quase uma escola-laboratório para exercitar-nos a partilhar, a pensar e trabalhar com Jesus entre nós, redescobrindo-nos um povo que nasceu do Evangelho e por isso chamado a viver e testemunhar o nosso carisma e a doá-lo a todos. A sua exortação apostólica foi, sem dúvida, um dos faróis que iluminou os nossos trabalhos.

Outra nota significativa que testemunha o caráter ecumênico da assembleia dos Focolares: Sentimo-nos particularmente solicitados a pesquisar com confiança, novas possíveis vias para um Movimento de irmãos e irmãs de várias Igrejas às quais pertencem.
E papa Francisco, encorajando a viver plenamente o carisma da unidade, assim se exprimiu.
Contemplar, sair, fazer escola os três pontos fundamentais indicados pelo Papa Francisco ao Movimento dos Focolares, (..) O Papa recordou que o núcleo da mensagem e vida dos Focolares mantém hoje em dia toda a sua actualidade.
A cinquenta anos do Concílio Vaticano II, a Igreja está chamada a percorrer uma nova etapa da evangelização, testemunhando o amor de Deus por cada pessoa, a começar pelos mais pobres e excluídos, e para fazer crescer com a esperança, a fraternidade e a alegria o caminho da humanidade em direcção à unidade.
O Papa evocou o carisma da unidade que o Pai quer dar à Igreja e ao mundo como uma característica central da Obra de Maria conhecida como Movimento dos Focolares tendo palavras de afeto e reconhecimento em relação à fundadora, Chiara Lubich, extraordinária testemunha deste dom disse.
Convidando os Focolares a colaborar no esforço que hoje se pede à Igreja de oferecer com responsabilidade e criatividade o próprio contributo para a evangelização, Papa Francisco apontou nesse sentido três palavras chave: contemplar, sair, fazer escola.
Antes de mais nada, contemplar. Precisamos de contemplar Deus e as maravilhas do seu amor, de permanecer nEle
Contemplar significa também viver na companhia dos irmãos e irmãs, partilhar com eles o Pão da comunhão e da fraternidade
O Santo Padre encorajou os membros do Movimento dos Focolares a permanecerem fiéis a este ideal de contemplação, na procura da união com Deus e no amor mútuo com os irmãos e as irmãs, alimentando-se das riquezas da Palavra de Deus e da Tradição da Igreja.
A segunda palavra, muito importante porque exprime o movimento da evangelização, é sair.
Sair como Jesus saiu do seio do Pai para anunciar a palavra do amor a todos, até doar-se por inteiro no madeiro da cruz. Há que aprender de Jesus esta dinâmica do êxodo e do dom, do sair de si, do caminhar e semear sempre de novo Para tal, é preciso tornar-se perito na arte do diálogo, que não é fácil de aprender Com a ajuda de Deus, é preciso enfrentar as afrontas e dificuldades, como diz a Carta aos Hebreus.
É preciso sair com coragem ao encontro dEle fora do acampamento, levando a sua desonra. O Senhor nos espera, na provações e nos gemidos dos nossos irmãos, nas chagas da sociedade e nas interrogações da cultura do nosso tempo.
Finalmente, fazer escola. E aqui Papa Francisco recordou o convite que João Paulo II dirigiu a toda a Igreja, no início do novo milênio, a tornar-se casa e escola de comunhão
Vós tomastes a sério esta indicação. É preciso formar, como exige o Evangelho, homens e mulheres novos. Para tal, ocorre uma escola de humanidade à medida da humanidade de Jesus. É Ele, de fato, o Homem novo
Chiara Lubich gostava de usar uma expressão que mantém hoje grande atualidade. Ela dizia que faz-se necessário homens-mundo
Homens e mulheres com a alma, o coração, a mente de Jesus e portanto capazes de reconhecer e de interpretar as necessidades, preocupações e esperanças que habitam o coração de cada um.