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Diálogos

Diálogo com a cultura

A inspiração

Em 1998, Chiara Lubich visitou a Argentina e o Brasil após já ter lançado a Economia de Comunhão – EdC (1991) e o Movimento Político pela Unidade – MPPU (1996). A viagem à América Latina e toda a experiência vivida a faz entender que o Movimento dos Focolares estava sendo chamado a dar um novo passo. Seguindo essa inspiração, envia uma mensagem a todos os membros os membros do Movimento no mundo e que seria considerada a certidão de nascimento das Inundações, ou seja, o Diálogo com a Cultura, ainda conhecido no âmbito do Movimento como o 5º Diálogo.

Nessa mensagem Chiara destaca como a Economia de Comunhão e o Movimento Político pela Unidade responderiam a essa inspiração:

(…) Elevando as duas realidades que temos, o Movimento da Unidade na política e a “Economia de comunhão” no social, a verdadeiras e autênticas correntes políticas e econômicas, com tudo o que isso acarreta: a primeira deve possuir uma verdadeira filosofia, uma verdadeira ciência política, teórica e prática, um modo de estar na política, de fazer política, de encarar o mundo político; (…) No que concerne à “economia de comunhão”, é preciso que ela não se limite a exemplificar a criação das novas empresas que inspira, com algum comentário de quem é especializado em diferentes graus. Também nesse caso é necessário que se torne uma ciência com a participação de economistas preparados que saibam descrever teoria e prática, confrontando-as com outras correntes científicas, econômicas, suscitando não só teses, mas escolas a que muitos podem recorrer. Uma verdadeira ciência que dê dignidade a quem deve demonstrá-la com os fatos e represente uma verdadeira “vocação” para quem trabalha nisso de um modo ou de outro.

O carisma da Unidade também suscitou novas linhas de pensamento em outras áreas do conhecimento, em âmbitos da sociedade, como na arquitetura, na arte, na comunicação, na educação, na política, no direito, na sociologia, na psicologia, na ecologia, no esporte, na saúde e em muitos outros. São experiências concretas e novas linhas de pensamento vivenciadas por grupos de pessoas que possuem afinidades em comum em diversas áreas. A vida somada a essas novas linhas de pensamento abre caminhos para uma cultura renovada. Esta nova cultura, a cultura da unidade, está imbuída de sabedoria, aliás, como sempre diz Chiara, “é o casamento da sabedoria com as diferentes ciências” (Madrid, 2002), em um encontro profundo e vital.

A finalidade do diálogo com a cultura

O diálogo é aberto a todos os que percebem a urgência dos desafios que temos diante de nós para elaborar um pensamento e uma doutrina inspirados no paradigma da unidade, nos diferentes campos. O que não quer dizer unicidade, pelo contrário, devendo ser um discurso multíplice, com todos os pensamentos, ideias, perspectivas, de ontem e de hoje, não somente para confrontar-se, mas para gerar um “produto cultural” inovador.

A partir do ano 2000 surgiram redes internacionais de estudiosos, profissionais e estudantes, que aprofundam disciplinas específicas e promovem congressos, cursos de formação e publicações.

A proposta

Promover uma “cultura da unidade”, portadora de valores positivos, capaz de colocar no centro dos interesses culturais a pessoa humana na sua plena dignidade, na sua capacidade de relação e abertura à transcendência, como sujeito idôneo a doar ao nosso mundo um aspecto e uma dinâmica conforme as aspirações dos indivíduos e dos povos. A partilha desse novo pensamento e das experiências acontece em workshops, encontros, conferências e também por meio de artigos.

Reconhecimentos

A influência da espiritualidade da unidade nos vários âmbitos culturais foi reconhecida, nos últimos anos, por diversas universidades católicas e leigas, que concederam a Chiara Lubich doutorados honoris causa em diferentes disciplinas, tais como:

Ciências Sociais (1996), da Universidade de Lublin, na Polônia; Teologia, nas Filipinas e Taiwan (1997), na Eslováquia (2003) e na Grã Bretanha (2008); Comunicação Social, na Tailândia (1997); Ciências Humanas, nos Estados Unidos (1997); Filosofia, no México (1997); Ciências Interdisciplinares, na Argentina (1998); Economia, na Itália (1999); Psicologia, em Malta (1999); Pedagogia, nos Estados Unidos (2000); Arte, na Venezuela (2003); Teologia da vida consagrada, em Roma (2004). Especificamente no Brasil, dois doutorados foram concedidos a Chiara Lubich: em Humanidades e Ciências da Religião, pela Universidade Católica de São Paulo (abril de 1998) e em Economia  pela Universidade Católica de Pernambuco (maio de 1998).