Dom Marcelo Pinto Carvalheira, Arcebispo Emérito da Paraiba, partiu para junto do Pai na noite de sábado, 25 de março, aos oitenta e oito anos. Completada sua missão na Igreja da Paraíba, onde serviu de forma vigorosa e humilde à Igreja no Brasil e no Mundo, particularmente no empenho em valorizar o papel do leigo, recolheu-se humildemente como oblato no Mosteiro Beneditino de Olinda e Recife, com o novo nome de Irmão José.
A vida de Dom Marcelo está unidíssima à vida da Obra de Maria no Brasil. Esteve presente, a convite de Inês Melo, no Cais nº 10 do Porto do Recife quando ali chegaram os primeiros focolarinos para dar início à nossa história. Esteve sempre bem próximo do Movimento e teve um relacionamento estreito com Luiz Carlos e com o Padre Toni Weber, mandado por Chiara ao Brasil a pedido do Arcebispo de Olinda e Recife para colaborar na formação de sacerdotes no Seminário Regional, quando nasceu o primeiro focolare sacerdotal no Brasil.
Dom Marcelo tinha um relacionamento pessoal com Chiara, também na condição de membro do Pontifício Conselho para os Leigos. Na CNBB, onde foi uma das personalidades mais influentes, sempre procurou realçar o papel do Movimento dos Focolares na Igreja, ajudando o Episcopado Brasileiro a compreender o carisma de Chiara.
Durante o Regime Militar Dom Marcelo, colaborador mais íntimo de Dom Helder Câmara e Vigário Geral da Arquidiocese, por seu decidido apoio aos leigos empenhados na luta pela liberdade foi preso e torturado, revelando também nesses episódios a mansidão e a humildade que o caracterizava.
Partilhamos esta notícia celebrando a Vida de um irmão muito querido que no Paraíso será sempre um intercessor nosso junto ao Pai.