Do encontro do Recife, em 1º de setembro, participaram em torno de 100 pessoas e o foco era acompanhar o Genfest e compartilhar as notícias que chegavam dos 38 participantes de Pernambuco presentes no evento, em Budapeste, na Hungria. No dia seguinte, 02 de setembro, 200 jovens de sete cidades alagoanas experimentaram o brilho daquela celebração mundial da juventude, em Arapiraca, a segunda maior cidade do Estado. Em ambos os eventos, o programa ressaltou a urgência de se “Construir Pontes”, a proposta do Genfest 2012.
Esse mote se concretizou já na composição da banda em Arapiraca, formada por jovens e adolescentes de quatro cidades alagoanas. Eles superaram a distância, o cansaço e renunciaram ao lazer nos fins de semana para que o dia do Genfest fosse “realmente único na vida de cada participante”. E foi assim para muitos e muitas jovens como Lísia Fernanda, de Palmeira dos Índios, que afirmou: “Super curti!!! Na verdade estar com vocês é sempre renovador para mim, e poder conhecer mais pessoas que tentam viver como eu só me dá mais força para continuar a viver contra a corrente, pois é vivendo assim que se abrem os caminhos, construímos pontes”.
“Foi uma experiência renovadora que expande os limites da nossa esperança.” Assim resumiu aquele dia de “festa” Bruno Nunes, de Arapiraca (AL). Ele acompanhou atentamente cada momento da programação que iniciou com história do Carisma da Unidade que anima o Movimento Geração Nova (GEN) e o Movimento Jovens Por Um Mundo Unido (MJPU), expressões juvenis do Movimento dos Focolares. Como os demais presentes, pode escutar o depoimento de uma jovem que demonstrou uma profunda gratidão a Deus por ter conhecido e aderido à espiritualidade da unidade.
Depoimento comovente – Comovida e convicta, Paula, de 25 anos, exprimiu-se assim: “O Movimento modificou e modifica minha vida por completo dando a ela todo um novo sentido… sou uma estudante apaixonada de Medicina, tenho uma família que muito me ama, um namorado que é meu maior companheiro e amigos de verdade. Apesar de tudo isto, nunca fui capaz de encarar a vida da forma como a encaro hoje e boa parte da minha mudança veio deste movimento tão acolhedor e amoroso, criado por Deus por meio de uma jovem que soube, antes de mais nada, dar o seu SIM”.
A estudante explicou que conhecer mais a fundo Chiara e os seus ensinamentos a fez “amar de fato” o seu semelhante: “Não só com palavras, mas com ações concretas que, por mais simples que sejam, fazem toda a diferença”. Paula afirmou-se “grata a Deus por tudo que Ele lhe proporcionou e ainda proporciona, porque me fez acreditar que existem pessoas que estão dispostas a tudo pelo bem do próximo, me fez querer ser melhor dentro da minha fé e me fez repensar minhas prioridades e vontades que, agora, resumem-se em seguir a Vontade do Pai”.
As palavras de Paula deram o tom para o dia recheado de emoção, com momentos artísticos, a recordação das nove edições anteriores do Genfest e a transmissão dos principais momentos da edição deste ano, na Hungria. Segundo os organizadores, na sala, “eram muitos, mas um só corpo… percebia-se um silêncio profundo entre todos os participantes”. Outros depoimentos ilustraram aos jovens como constroem e podem construir pontes no cotidiano. Rafael Monte, de Maceió, contou: “Ultimamente andei meio desapontado com o colégio, com os meus deveres, meus colegas o Genfest me lembrou de algo realmente maravilhoso: o Ideal! Agora, sei o que tenho que fazer e que não estou só”.
Fé, ação e alegria – Aline Regina dos Santos, de São Sebastião, acrescentou que “momentos como este são muitos importantes para revigorar a nossa fé e nos manter no caminho certo, buscando um mundo melhor, acreditando que isso é possível”. Nos números artísticos os jovens exprimiram os seus talentos, mas tudo foi conduzido de modo que cada um, naquele auditório, do antigo fórum da cidade, se sentisse protagonista. Segundo os organizadores, essa foi a tônica dos eventos locais e a linha mestra para o Genfest 2012, que lançou o projeto de criação do Observatório Mundial da Fraternidade e de inclusão da Semana do Mundo Unido no calendário das Nações Unidas.
Depois do contato, por telefone, com os jovens que estavam na Hungria, alguns jovens exprimiram uma grande alegria. Entre eles, Rosane, de Luziápolis: “Melhor que esses momentos de hoje, acho que só outros desses, nem precisamos ir até a Hungria… Foi lindo!”; Daiane, de Arapiraca: “É muito bom viver essa unidade com os jovens do mundo todo. Não estamos sozinhos na busca desse ideal, mesmo quando o mundo a nossa volta nos desestimula. Vamos continuar a construir pontes!”; Maria Célia, de Craíbas: “Muito, muito obrigado por proporcionarem este momento impar, não só para mim, mas também para aqueles jovens que buscam um ideal que nada pode destruir. Descobri nas palavras de Chiara, uma fonte inesgotável desse amor que procuramos viver”.
Foi acolhido com grande escuta o momento com a Presidente do Movimento dos Focolares, Maria Voce, Emmaus. Diante da confiança que ela expressou de que a juventude pode “mirar alto” e “construir pontes em toda a parte”, com palavras e atitudes, os jovens demonstraram a certeza de que “o mundo tem jeito, porque a juventude tem a semente de Deus para as próximas gerações”, como afirmou Daine. E com a dinâmica da tarde, cada participante levou para casa um código secreto, uma frase que pudesse recordá-lo a experiência vivida naquele dia.
Na missa, o padre Eugenio, redentorista que conheceu a espiritualidade nas Mariápolis em Garanhuns, disse aos jovens: “Vocês não imaginam quanto esta espiritualidade me ajudou na minha caminhada de sacerdote…” Outro sinal de que as pontes foram construídas naquele dia: os jovens evangélicos participaram da celebração até o fim. Kelvin Albuquerque, um adolescente evangélico, de Arapiraca, exprimiu-se assim a respeito de sua participação no MJPU: “Essa iniciativa de participar do Movimento dos foi a melhor decisão que já tomei na minha vida; cada dia me sinto mais a vontade e o dia de hoje e o Genfest foi fantástico! Não quero me afastar nunca dessa nova família, pelo contrário, quero ficar cada dia mais perto.”
Teia de amor – Os adultos estiveram na retaguarda dos eventos locais vinculados ao Genfest. Voluntários, integrantes do Movimento Famílias Novas, aderentes, todos e todas compuseram uma grande teia de amor para que a programação se realizasse. Foi assim em Arapiraca e no Recife, onde os “não tão jovens” se juntaram aos jovens também na plateia. Para os organizadores, mais uma prova de que as pontes entre as gerações se fazem possíveis quando existe o amor recíproco, a solidariedade, a colaboração nas diversas ocasiões, das mais simples àquelas, extraordinárias.
No Recife, Rita Lins e Ítalo Azevedo conduziram a tarde e puderam apresentar às 100 pessoas presentes um paralelo entre a sociedade que cria muros de divisões e exclusões e a proposta do Genfest de “Construir Pontes”. Ressaltaram a importância de dar visibilidade a um evento desse porte e a atração que esse tipo de iniciativa exerce sobre os jovens, “sedentos de ideais autênticos, alicerçados no Evangelho”. O aplauso, com entusiasmo, que se seguiu demonstrou o impacto que a proposta do Genfest provocou nos participantes.
No programa da “tarde com a comunidade”: uma breve apresentação de Movimento Jovens por um Mundo Unido, uma explicação sobre o Genfest seguida da exibição de imagens dos dias prévios ao evento e da projeção de trecho dos momentos iniciais do Genfest na Hungria, no próprio sábado, 1° de setembro. Depois, alguns jovens contaram experiências do Evangelho vivido no cotidiano como forma de construir pontes de fraternidade nos seus ambientes. Programas similares foram realizados, simultaneamente, nas cidades do interior de Pernambuco, como Caruaru, Lajedo e Alagoinha.
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