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No dia 26 de outubro, a professora de Educação Física Maria Teresinha Mandelli Grasselli (assessora pedagógica de educação infantil na Secretaria Municipal de Educação (SMED), ex-atleta de voleibol da seleção brasileira e ex-coordenadora do curso de licenciatura em Educação Física da UCS) foi convidada a relatar a experiência das Olimpíadas de Fair Play, que são realizadas há dez anos na Universidade de Caxias do Sul (RS), aos educadores que participavam do Congresso Técnico dos Jogos Sociais Maristas, na sede do Cesmar, em Porto Alegre (RS). O evento ocorreu em preparação aos Jogos Sociais Maristas que serão no dia 27 de novembro e são promovidos pela Instituição há 13 anos.
Tere, como é conhecida, contou aos participantes como são os Jogos Olímpicos do Movimento Juvenil pela Unidade (MJpU), realizados há 10 anos na Universidade de Caxias do Sul e que envolvem crianças e adolescentes de 9 a 16 anos de todo o estado. Em 2015, o evento ocorreu no mês de maio, com a participação de 242 atletas e cerca de 100 pessoas voluntárias da equipe de organização.
Ela destacou que os participantes podem exercitar o aprendizado de que mais do que vencer, o objetivo é incentivar o jogo limpo,o respeito pelos outros e por si próprio. “Isso não quer dizer que não haverá esforço em quadra, campo, pista ou na água. Os participantes ainda têm que aprender a trabalhar em grupo com pessoas estranhas. As equipes são divididas em Caxias, e os atletas da mesma cidade ficam em times diferentes e como cada equipe participa de todas as modalidades – handebol, vôlei, basquete, xadrez, natação, maratona, atletismo, salto em distância, futsal e futebol – as chances são iguais para todos”, detalhou Tere na apresentação.
Para ela, por meio do esporte é possível tentar resgatar valores como a paz, fraternidade, solidariedade, tolerância e outros que transmitem o verdadeiro espírito esportivo, levando esse aprendizado para todas as áreas e momentos da vida em sociedade.
“É uma experiência que ajuda os adolescentes a descobrir o melhor de si e mesmo quem não gosta de jogar tem seu espaço garantido e respeitado. O adversário não é o inimigo e eu preciso dele para jogar. O esporte se torna um valor educativo ao demonstrar que preciso do outro”, afirmou.
Tere mostrou aos educadores que participavam do Congresso Técnico dos Jogos Sociais Maristas as “regras” que são discutidas em conjunto com os adolescentes e apresentadas antes de começar os jogos. Cada regra está na face de um dado que é jogado antes de cada partida:
1) Preciso do meu adversário. Se não tenho meu adversário, não posso jogar. O outro é importante para mim, pois se não tenho o outro, não posso demonstrar o quanto eu jogo. Então se preciso do outro, ele não é meu adversário e nem meu inimigo;
2) Acreditar no próprio time;
3) Saber se divertir com o jogo;
4) Respeitar o adversários e as regras do jogo;
5) Dar chance aos outros;
6) Alegrar-se com a vitoria do outro.
Na premiação, os troféus e medalhas são dados às equipes vencedoras em pontos e à que teve mais atitudes de fair play.
“Como educadores temos que ajudar os jovens na construção de uma cultura de paz, pois o esporte é um dos instrumentos que pode auxiliar a termos um mundo menos violento. Depois de participarem desses momentos, os jovens têm a missão de multiplicar a ideia e envolver mais pessoas nesse espírito de mudança de atitude através do verdadeiro valor do esporte”, concluiu Tere.