“Fazenda da Esperança”: uma longa história de 30 anos desde que um jovem, Nelson Giovanelli, tocado pelas palavras do apóstolo Paulo “Fiz-me fraco com os fracos …”, aproximou-se de um grupo de jovens viciados em drogas do seu bairro com o desejo de fazer alguma coisa por eles. Desde os seus primeiros passos nessa ação, foi acompanhado de perto pelo Padre Hans Stapel (Hans Frei), em cujo testemunho Nelson tinha se inspirado. Hoje, as “Fazendas” se multiplicaram em muitos países e desenvolvem um importante trabalho de recuperação e “renascimento” de dependentes químicos a partir dos ensinamentos do Evangelho, a ponto de um bispo brasileiro ter descrito as Fazendas como “santuários da Nova Evangelização”.
No dia 15 de abril, durante a viagem de Maria Voce e Giancarlo Faletti ao Brasil, viveu-se um momento de profunda comunhão entre os jovens da Fazenda em Guaratinguetá/SP (mais de 600 presentes, além de outros ligados através da internet nas 70 Fazendas em todo o mundo). Foi marcante a vibração com a qual Emmaus e Giancarlo foram acolhidos pelos jovens da Fazenda da Esperança!
Também surpreendente foi a recuperação do fundador, Frei Hans, que recentemente esteve hospitalizado. Foi ele quem abriu o encontro dos dois hóspedes com os jovens, confidenciando sua profunda experiência de Deus vivida nos últimos dias. Logo após, houve música, alguns trechos de história dos primórdios da Fazenda, experiências, em um denso diálogo. Muita emoção diante dos fortes testemunhos apresentados por quem passou pelo inferno da droga. Entre eles, há até mesmo quem tenha chegado à doação a Deus e à fundação de novas comunidades em outros países da América Latina, como Mario.
Depois, o tão esperado encontro com Emmaus e Giancarlo, momento em que os jovens descobriam o carisma que está na raiz de sua experiência de recuperação: o carisma da unidade que anima a vida dos fundadores da Fazenda. Foi um diálogo íntimo, no qual os jovens lhes confiaram as mais profundas perguntas: sobre as cicatrizes que a experiência passada deixou, sobre sexualidade e castidade, e até como vêem o carisma da Fazenda, fruto do carisma da unidade. A novidade que veio à tona caracterizou esse momento, percebido por todos como uma ocasião muito especial. Emmaus e Giancarlo procuraram transmitir o profundo significado deste fato.
“Um carisma fruto do carisma da unidade demonstra a dinâmica da vida de Deus em ação, a Sua Presença na história da humanidade. Vindo aqui hoje estamos fazendo com vocês uma grande experiência da ‘produtividade’ de Deus!”, disse Giancarlo.
“Pensando no carisma da unidade – depois de ter encontrado aqui no Brasil outros carismas que frutificaram a partir deste – vejo-o como a raiz de uma árvore com muitos ramos e cada ramo com muitos frutos; e cada fruto me parecia uma projeção aumentada de um detalhe. Quando penso na Fazenda vem à minha mente o problema da dependência da droga e digo: é Jesus – que assumiu o drama da droga – que grita o abandono. Esta obra assumiu este aspecto como seu, mas é um grande aspecto, e fez com que este particular se tornasse uma obra maravilhosa. Outra obra assume o particular da carência de instrução das crianças. Também a ignorância é assumida por Jesus no seu abandono, e do carisma da unidade nasce uma obra que faz uma pedagogia nova. Mesmo se a raiz fica escondida e só os ramos e os frutos aparecem, a raiz se alegra. E os frutos agradecem à raiz”, afirmou Giancarlo.
“Parece-me que todos os carismas que estamos conhecendo e muitos outros que não conhecemos e que ainda nascerão estão contidos no carisma da unidade, porque estão ligados pelo amor recíproco, que coloca em evidência a grandeza do particular, um do outro. Juntos contribuem para cumprir a oração de Jesus ‘que todos sejam um’. Portanto, eu digo: ‘Viva a Fazenda da Esperança’!”, concluiu Maria Voce.
Retomando a palavra, Frei Hans fez votos de que a colaboração recíproca se intensifique e expressou a exigência de que os formadores sejam alimentados pela espiritualidade do carisma, como já acontece em algumas Fazendas. Uma exigência que foi confirmada pela alegria que se respirava ali, pelo relacionamento imediato, criado entre Emmaus e Giancarlo, e os jovens. A mesma alegria que se tornou “uma explosão” comovente no final do encontro.
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