Um show pirotécnico iluminou o céu. A inauguração de um marco e a missa solene, presidida pelo Núncio Apostólico e 21 bispos, encerraram a semana de comemorações do cinquentenário da Diocese de Palmeira dos Índios (AL), que teve uma participação dos movimentos eclesiais.
Era o dia dedicado à Assunção de Maria e nem a chuva dispersou os fiéis em frente à catedral. Pelo contrário, tornou ainda mais bonito o cenário, com os guarda-chuva e sombrinhas coloridas. Diante da persistência daquela multidão, Dom Giovanni DAniello afirmou que levaria ao Santo Padre, o Papa Bento VI, a fé que encontrou naquela cidade, naquele povo forte e generoso.
Obra social – No domingo pela manhã, o núncio visitou a Vila do Idoso, uma obra social da diocese presidida por uma das pioneiras do Movimento dos Focolares no Nordeste, Letícia Ferreira, conhecida na cidade como Dona Letícia. Estavam presentes cerca de 20 pessoas, a maioria colaboradores e uma banda de jovens de uma escola estadual.
Dona Letícia apresentou a Vila e suas dificuldades. Dom DAniello agradeceu pela oportunidade de estar ali e assegurou que fará o que lhe for possível para ajudar. Dona Letícia afirmou ter iniciado aquele trabalho graças ao contato com Ginetta Calliari, uma das primeiras companheiras de Chiara Lubich e cofundadora dos Focolares no Brasil.
Juventude – A missa do dia anterior, 18 de agosto, foi dedicada à juventude e presidida por um dos bispos amigos do Movimento dos Focolares, Dom Bernardino Marchiò, referência para os jovens no Regional NE 2, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Concelebraram Dom Dulcênio Mattos, o Bispo de Palmeira, e o Núncio Apostólico. Na catedral lotada, os jovens foram chamados para se colocarem na frente e se sentaram nas escadas, perto do altar.
As leituras foram precedidas pela entrada da Bíblia e três quadros: do Papa João Paulo II, de Pier Giorgio Frassati e de Chiara Luce Badano. Na homilia, Dom Dino sublinhou o exemplo dos três como modelos de santidade. Contou que esteve recentemente na casa dos pais da beata Chiara Luce, na Itália, e ficou impressionado com a vida dela.
No final, um grupo de jovens encenou os anseios e os desafios da juventude na atualidade. Na conclusão, o núncio Dom Giovanni disse que havia preparado um discurso, mas preferiu falar de coração aberto. Afirmou que comunicaria ao Santo Padre a fé profunda e a sede de Deus que encontrou na juventude daquela diocese.
Procissão e Adoração Na abertura do Jubileu, uma semana antes, com os demais fieis, a comunidade local do Movimento dos Focolares acompanhou a procissão em acolhida à imagem peregrina de Nossa Senhora do Amparo, que provocou emoção por onde passou: É uma experiência única e estávamos ansiosos por este momento, afirmou Marcos Batista, coordenador do Grupo Homens do Terço, que animou todo o trajeto da procissão com músicas e orações.
Na celebração eucarística de abertura da programação, na Catedral, Dom Dulcênio ressaltou a virtude do Silêncio na Virgem Maria. Recordou a história de Nossa Senhora e pontuou momentos nos quais ela expressou sua contemplação silenciosa e emocionou-se quando enfatizou o momento da cruz e a permanência de Maria ali, aos pés de Jesus Crucificado.
O Movimento dos Focolares também se fez representar na adoração ao Santíssimo Sacramento, no dia 13 de agosto, antecedida de uma missa solene, na catedral. O bispo emérito da Diocese de Nazaré (PE), Dom Jorge Tobias de Freitas presidiu a celebração e salientou que o jubileu é um verdadeiro ato de ação de graças a Deus pelo cinquentenário de constantes bênçãos.
Cinco estrelas – Dom Jorge recordou que, nesses 50 anos, a Diocese contou em seu firmamento com a presença de cinco estrelas: Monsenhor Macedo, que lutou para tornar Palmeira dos Índios uma diocese; Dom Otávio Aguiar, reconhecido por sua ação social; Dom Epaminondas, por ter trabalhado incansavelmente na ação pastoral; Dom Fernando Iório, que respaldou a cultura e educação na Diocese; por fim, Dom Dulcênio Matos, por sua organização e empenho atuais.
No agradecimento, Dom Dulcênio Fontes de Matos fez questão de enfatizar a pertença de Dom Jorge Tobias à Diocese de Palmeira dos Índios, como dom e fruto, já que este foi pároco da cidade de Batalha (AL) e, portanto, pertencente ao clero local. O Santo Sacramento, exposto em adoração na abertura da Semana percorreu três paróquias do município – São Sebastião, São Cristóvão, São Vicente – e retornou à catedral.
Simpósio Eucarístico – A Semana Eucarística incluiu ainda o I Simpósio Eucarístico Diocesano: Ide, Ele vos espera! (Mat, 28:20). Dentre os conferencistas, destacaram-se o Padre Elison Silva, da Arquidiocese de Maceió, e o Padre Jânison de Sá Santos, da Arquidiocese de Aracaju, ambos com formação acadêmica na área catequética. O padre Jânison colocou em relevo a importância da Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis em três palavras-síntese: Crer, Celebrar e Viver.
Dom Dulcênio Matos também colaborou no momento das perguntas e respostas, sobretudo nos comentários sobre temas desafiadores e deu orientações importantes à juventude, mas também aos adultos presentes.
Diocese de Pesqueira – Em 22 de julho, a comunidade local do Movimento dos Focolares se encontrou com o novo bispo da Diocese de Pesqueira, Dom José Luiz Ferreira Salles, empossado em 15 de abril deste ano. Estavam presentes 98 pessoas de Pesqueira, Alagoinha, Venturosa e Arcoverde, quatro entre as 13 cidades que compõem a diocese. Na missa, Dom José demonstrou estar em sintonia com a presidente do Movimento, Maria Voce (Emmaus), especialmente quando falou sobre a “compaixão” que todos devemos ter com os demais.
Segundo o bispo recém-chegado, essa compaixão deve ser ativa, sempre pronta a amar, a doar e perdoar. A comunidade expressou sua gratidão por aquelas palavras e a satisfação pelos muitos frutos do encontro e da celebração daquele dia, como o retorno de um casal ao convívio na igreja. Eles deixaram para ao bispo e aos presentes a seguinte mensagem: Obrigado por esse dia. Foi maravilhoso! Há muito estávamos afastados, mas hoje sentimo-nos renascer, recuperamos as forças para recomeçar.