O Santo Padre Francisco recebeu na manhã do dia 27 de fevereiro os bispos amigos do Movimento dos Focolares reunidos de 24 a 28 daquele mês no Centro Mariápolis de Castel Gandolfo, sob o tema reciprocidade do amor entre os discípulos de Cristo. Participaram do encontro bispos provenientes da Europa, África, Ásia e América.
Francisco enfatizou que é algo bom a oportunidade de uma convivência fraterna onde compartilhar experiências espirituais e pastorais na perspectiva do carisma da unidade. Dessa forma, recordou que, como bispos estão chamados a levar a estes encontros a grande respiração da Igreja, e a fazer que o recebido aqui possa beneficiar a Igreja.
Além disso, o Papa observou que “a sociedade de hoje tem uma grande necessidade do testemunho de um estilo de vida que faça brilhar a novidade que nos dá o Senhor Jesus: irmãos que se amam ainda na diversidade de caráter, de procedência, de idade…. E é que este testemunho faz nascer o desejo de estar comprometidos na grande parábola de comunhão que é a Igreja, destacou. Da mesma forma, observou que quando uma pessoa adverte que a reciprocidade do amor entre os discípulos de Cristo é possível e é capaz de transformar a qualidade das relações interpessoais, se sente chamada a descobrir ou a redescobrir a Cristo, se abre ao encontro com Ele vivo e trabalhando, é impulsionada a sair de si mesma para encontrar-se com os outros e difundir a esperança que recebeu em dom”.
Francisco retomou as palavras do Beato João Paulo II na Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte “fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão: eis o grande desafio que nos espera no milênio que começa, se queremos ser fieis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo”. E acrescenta o Papa polonês: “Antes de programar iniciativas concretas, é preciso promover uma espiritualidade da comunhão, propondo-a como princípio educativo em todos os lugares onde se forma o homem e o cristão, onde se educam os ministros do altar, as pessoas consagradas e os agentes pastorais, onde se constroem as famílias e as comunidades.
A este respeito, o Papa sublinhou que “fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão é realmente fundamental para a eficácia de cada compromisso na evangelização, porque revela o desejo profundo do Pai: que todos os seus filhos vivam como irmãos, revela a vontade do coração de Cristo: que todos sejam um, revela o dinamismo do Espírito Santo, a sua força de atração livre e libertadora. Assim, acrescentou o Papa, cultivar a espiritualidade de comunhão contribui além do mais para fazer-nos mais capazes de viver o caminho ecumênico e o diálogo inter-religioso. ”
Em conclusão, o Santo Padre pediu que o Congresso seja “uma ocasião propícia para crescer no espírito da colegialidade, e para obter do amor mútuo motivo de entusiasmo e de esperança renovada.
(Fonte: Zenith)