“Fiz uma experiência muito bonita com a Pastoral do morador de Rua em Caxias do Sul.
O grupo que faz este trabalho é muito belo e composto por três casais. Esta Pastoral nasceu com um desses casais, que se mobilizou vendo as pessoas na rua.
Nos encontramos na Igreja São Pelegrino, onde eles fazem a sopa. Foi muito bom chegar e conversar com cada um. Fui apresentada como a pessoa que fez os biscoitos, que na realidade foram feitos por membros da comunidade dos Focolares para entregar aos moradores de rua.
Ainda durante a preparação, falei a eles sobre o Movimento dos Focolares, relembrando as primeiras focolarinas que se sentavam com os pobres, dos focolares que se situam nos no morros e comunidades carentes. Alguns já conheciam e outros já tinham recebido a Palavra de Vida.
Como eles tinham uma sequência de trabalho, fui logo me colocando à disposição e ajudando um pouco em cada momento.
No carro, pude ir rezando por cada irmão que estivesse na rua. Percorremos ruelas, elevados, galerias e quando parávamos com o pisca alerta ligado, eles surgiam de todos os lados.
Foi uma dor ver aqueles irmãos daquela forma, mas que eles logo se iluminavam com sorrisos, abraços e bênçãos pelo agrado recebido (risoto, galeto, pão, os biscoitos e um pequeno panetone com um copo de suco).
Era mesmo Jesus desfigurado, rejeitado pela sociedade, mas que chamados pelo nome se iluminavam.
Sim, valeu a pena! Pelos casais que realizam essa atividade e, particularmente, por esses irmãos que me ajudaram a ir além de meus limites, abraçando-os com decisão quando para mim era difícil, mas sentindo uma ternura diferente em cada encontro.
“Abracei Jesus” em cada um, indo além de conceitos, medos, discriminação, procurando dar tudo de mim
T.  (Caxias do Sul)