Realizou-se na Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá (SP), de 19 a 22 de junho, a Mariápolis 2014, que teve como característica marcante a concretização do amor mútuo pelo protagonismo dos 350 mariapolitas presentes.
A Mariápolis foi organizada e preparada pelos membros dos diversos setores do Movimento dos Focolares do Vale do Paraíba, que se colocaram a serviço, como verdadeiros protagonistas. A experiência mais inovadora foi dos temas apresentados: para cada dia da Mariápolis se constituiu uma equipe para preparar o dia, com integrantes de diferentes cidades e vocações. Esta troca de ideias entre os membros das equipes, via skype e email foi bastante frutuosa e resultou na linha desejada pela comunidade: uma Mariápolis com programa em sala, mas com muita convivência, aproveitando a bela natureza e reuniões de pequenos grupos todos os dias.
Durante a Mariápolis era visível o empenho de cada um em exercer a sua capacidade de amar, possibilitando que o amor se tornasse recíproco e atraísse a presença de Jesus entre todos.
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Na abertura (5ª feira à noite) foi contada a história das Mariápolis e a proposta de como viver aqueles dias. A abertura foi breve, mas já deu o tom do encontro, se encerrando a noite com canções dos primeiros tempos de Mariápolis.
A sexta-feira iniciou-se com a meditação da descoberta do amor recíproco e suas implicações, algumas experiências e a palavra de vida do dia. Logo após todos saíram para caminhadas durantes as quais foi contada a história do Ideal da Unidade. A ideia original era fazer algo diferente: conversar em meio à natureza. Cinco grupos de caminhada contemplaram todos os mariapolitas, desde aqueles que não podiam caminhar muito até os que andaram longas distâncias (um grupo chegou a caminhar 3,5 horas!).
Na parte da tarde ocorreram as diversas oficinas: dança de salão, artesanato, fotografia, jogos, música, jogos de mesa e videogame. As oficinas foram como laboratório para vivência do amor recíproco, num intercâmbio de dons com oportunidades para os gostos e aptidões mais variados. O resultado do trabalho feito durante a oficina de música foi apresentado na festa de sábado à noite: belas e alegres canções cantadas e tocadas por um grande e animado grupo.
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Quem ainda tinha energia depois de toda a programação podia participar das noites de sarau, com música, pipoca e observação do céu e das estrelas com telescópio cedido por simpatizante do Movimento dos Focolares.
Na sexta à noite os mariapolitas puderam conhecer a história de como tudo começou na Fazenda Esperança. Devido a compromisso assumido, o fundador da Fazenda, Frei Hans não estava presente, mas deixou um vídeo gravado no qual falava do seu sonho de que um dia a Mariápolis fosse feita na Fazenda e da alegria de estar vivendo esse sonho. Disse que pretende estar fisicamente no próximo ano.
O sábado foi dedicado à família, tanto nos temas como nos jogos que tiveram o título: “brincar em família”. Começou com um tema sobre o amor recíproco na vida de família, tratando de valores como pureza, fidelidade e relacionamentos familiares, aspectos muito importantes especialmente em um mundo tão complexo como o de hoje. Dois casais compartilharam suas experiências, um com 26 anos de casamento, outro com apenas 6 meses! Ambos mostraram, com suas experiências, que na busca, nem sempre fácil, de amar o outro, encontram as respostas para todos os desafios. Em seguida, todos os mariapolitas foram para o campo de futebol que estava dividido em espaços para as atividades propostas.
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A festa junina do sábado à noite foi um ponto alto. Além da dedicação de todos para montar o ambiente junino, decoração, danças e comidas, houve uma grande quadrilha que integrou totalmente os mariapolitas. Foi tão marcante, que na homilia do dia seguinte, o Pe. Christian disse que a quadrilha foi um momento de família, que todos sorriam e não se distinguia quem era da Fazenda da Esperança e quem não era.
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No encerramento no domingo, alguns jovens protagonizaram um teatro para contar como foi a Mariápolis. Aproveitaram as imagens feitas na oficina de fotos para reviver alguns momentos e no fim chamaram algumas belas impressões que tinham surgido nos grupos e depois impressões espontâneas.
Para Acácio, de Taubaté (SP), que estava participando pela primeira vez, a Mariápolis foi a descoberta da vivência da Palavra no cotidiano. Ele fez a seguinte comparação: “se fizesse um curso para aprender a operar uma máquina, no máximo teria aulas teóricas e iria embora sem operar na prática; porém na Mariápolis era como tivesse a oportunidade de já operar a máquina, que tinha alguém comigo dizendo o que fazer para que pudesse aprender”. Demonstrou o desejo de continuar a experiência em casa, afirmando: “Olha como eles se amam… Pensava que esta frase se referia à passagem bíblica da comunidade cristã primitiva. Hoje sei que é também da Mariápolis.”.
Para Mauro, interno da Fazenda da Esperança, a Mariápolis permitiu na prática aquilo que ele conhecia do Movimento dos Focolares através dos vídeos que assistia na Fazenda.
A Mariápolis encerrou-se com a missa celebrada pelo Pe. Christian. Não se sabia quem agradecia a quem: eles a nós, ou nós a eles. “Um momento histórico! Em 1959, Chiara Lubich consagrou todos os povos da Terra e hoje com a Mariápolis que fez nascer a Fazenda sendo realizada dentro dela mesma, é como se o fruto agradecesse a raiz e a raiz se alegrasse com o fruto!!”, descreveu Nelson, um dos fundadores da Fazenda da Esperança.