Eu achava que esse grupo era pequeno, mas é mundial. Nos dias de hoje, essa é uma luta válida. Gostei da iniciativa de se recolher assinaturas para a ONU, porém essa iniciativa deve ser também local para mudarmos as estruturas locais. Assim se expressou Viviane, uma jovem do Recife que acompanhou a transmissão do Genfest na Mariápolis Santa Maria, em Igarassu (PE). Foi marcante, especial, existia uma interação entre os jovens e nos foi mostrado que pessoas de religiões diferentes podem participar juntos e que o que sempre prevalece é o amor, acrescentou Tiago, proveniente do município vizinho, Paulista.
Os dois e outros 80 jovens e 50 adultos estiveram reunidos no centro de formação do Movimento dos Focolares para o Nordeste, localizado naquele embrião de cidade, minúsculo, mas autêntico protótipo de uma sociedade fraterna, a 44 km do Recife, capital de Pernambuco. O programa do evento local foi construído pelos jovens que moram nas redondezas e começou com um lanche ao ar livre. Em seguida, no salão do centro, os participantes assistiram a um vídeo com momentos dos Genfest anteriores e, depois, a narrativa poética sobre o início da história do povo de Chiara Lubich, o povo da UNIDADE.
Sinal de adesão – Números artísticos produzidos localmente mesclados com experiências contadas em Budapeste foram acolhidos com silêncio e atenção, um sinal de adesão que, mais tarde, se exprimiu de um modo ainda mais concreto. Após compartilhar suas impressões, os jovens selaram o pacto de viverem pela fraternidade universal e, para simbolizar o compromisso assumido, ataram os nós em pulseirinhas semelhantes às que foram distribuídas entre aqueles que estiveram na Hungria. Com esse gesto, fez ainda mais sentido o slogan que, nesses últimos dias, correu o mundo: Lets Bridge! (Vamos Construir Pontes!)
Para os organizadores, de fato, havia sintonia, reciprocidade entre os presentes, o que também favoreceu o acolhimento da mensagem da Presidente do Movimento dos Focolares, Maria Voce (Emmaus) a todos os participaram direta ou indiretamente do Genfest. Os jovens disseram que se sentiram encorajados a mirar alto e a construir pontes nas mínimas ações do cotidiano, além de não destruir aquelas que foram construídas, como sugeriu Emmaus. Foi legal! Consegui entender a importância do mundo unido e de como nós, jovens, que estamos iniciando a vida, faculdade, trabalho, podemos contribuir nesta construção, afirmou Bárbara, de Igarassu.
Para definir ações coletivas, o grupo marcou um reencontro para o dia 30 de setembro, já para tocar o projeto de revitalização da biblioteca de uma comunidade vizinha. Foi o modo que os jovens do entorno da Mariápolis Santa Maria escolheram para construir pontes, pensando globalmente, agindo localmente, e com uma boa dose da alegria, típica da juventude. Gostei muito, foi um dia alegre, diferente, de união, de fraternidade, resumiu Álvaro, também de Igarassu.
[nggallery id=46]