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O amor no cuidado

O amor no cuidado. Confira essa experiência de vida.

Neste mês de fevereiro de 2023, recebemos esta experiência da querida Lêda, que compartilhou conosco como vive o amor nos detalhes dos cuidados com sua tia, uma senhora que precisa de atenção. Leia o relato da Lêda e compartilhe conosco sua experiência em noticias@focolares.org.br.

“Tenho uma tia que está com 91 anos, ela não se casou nem teve filhos e mora comigo. Está lúcida e muito ativa!

Mesmo que tenha muitos problemas de saúde como hipertensão, desvio na artéria aorta, glaucoma, artrose nos joelhos e nas mãos, ela não aceita que venha uma pessoa para fazer faxina em casa, por exemplo, querendo sempre estar à frente das tarefas.

Periodicamente, eu a acompanho para exames médicos. Numa dessas visitas, a geriatra me explicou que pessoas em idade avançada podem perder um pouco a noção de perigo, por isso minha tia se expõe de tantas maneiras.

Apesar disso, a geriatra fez um elogio diante dos resultados dos exames, dizendo que ela está muito bem cuidada, que minha tia deve ter amado muito a família para estar sendo tão bem cuidada. Acrescentou ainda dizendo que pessoas idosas podem requerer bastante trabalho, tanto que muitas famílias não as querem em casa e as colocam em asilos. Então, respondi que no meu ponto de vista esta não é uma boa solução para este caso, pois mesmo dando muito trabalho, exigindo muita vigilância para evitar acidentes domésticos, devo abraçar esta missão.

Também tenho alguns problemas de saúde, porém procuro me cuidar porque para amá-la melhor  preciso estar bem na medida do possível.

Lembro-me de uma frase de Chiara Lubich que diz:  ‘Na vida, podem-se fazer muitas coisas, dizer tantas palavras, mas a voz da dor oferecida por amor é a palavra mais forte, é a que fere o Céu.

Diante disso, mesmo em meio às minhas limitações físicas, espirituais e emocionais, peço à Maria, Nossa Senhora da Paciência, a graça de abraçar cada vulto de dor que surge das formas mais inusitadas. Como disse Jesus:  ‘Quem quiser vir após mim, tome a sua cruz e siga-me.’

Procuro cuidar dela não apenas da parte física, dos medicamentos, das roupas, da alimentação, de proporcionar o lazer de que ela gosta tanto, ver na televisão os jogos de futebol, voleibol, programas de músicas sertanejas e as missas na TV Aparecida.

Periodicamente, vou com ela confessar, pois apesar dos lapsos de memória, ela ainda tem condição de participar desse Sacramento e aos domingos ela vai comigo à missa numa capela que fica a um quarteirão de casa.

Diante dessas situações, tenho que renunciar a tantas coisas que para mim são importantes, como estar presencialmente com as pessoas da comunidade do Movimento dos Focolares ou estar com amigos. Quando há necessidade de sair para meus exames médicos ou para compras de casa, como feira e farmácia, procuro ficar fora de casa o menor tempo possível.

Apesar do cansaço físico e mental, agradeço à Maria que tanto me ajuda nessas situações, que me colocam no essencial, no abraço à Deus, mesmo se tenho que recomeçar muitas  vezes ao dia.”

Agradecemos à Lêda por compartilhar sua experiência de vida conosco!

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