«É preciso uma graça especial para ser um pai como aquele que tu foste». Foi com estas palavras que o filho de Peter Kamau lhe deu o último adeus no seu funeral em 16 de dezembro de 2011.

Peter nasceu no dia 10 de outubro de 1942, no distrito de Gatundu (Quênia). Em 1974 casou-se com Susan e tiveram 6 filhos. Era professor e viveu a sua profissão com dedicação e amor desinteressado. A sua inspiração era: «Oferecer a máxima educação, que significa transmitir a sabedoria e comunicar o desígnio de Deus. O meu sonho é ser humilde diante do olhar dos meus irmãos e irmãs para poder servi-los. O meu contributo para a educação deve servir para melhorar a qualidade da vida da raça humana».

Nos anos 1990 Peter conheceu o Movimento dos Focolares. Em particular, o encontro pessoal com Chiara Lubich impressionou-o profundamente. Ávido de sabedoria, encontrou nela uma pessoa guiada pelo Espírito Santo. Deste modo, escolheu ser um Voluntário de Deus, o setor dos focolares mais comprometido no social.

Ele desejava tornar-se um farol de luz e um instrumento de unidade, na vida familiar, na paróquia, na vida social e nos seus relacionamentos com os parentes e os amigos. Os seus colegas, ficavam impressionados com a sua vida: «Num mundo onde os homens procuram a fama e o ter cada vez mais, ele, pelo contrário, sempre lutou pelos outros»; «Todos podiam experimentar a sua plenitude, o sentido de humor, a sabedoria e a humanidade»; «Era um homem íntegro». Um sacerdote acrescenta: «Uma vez, confidenciei-lhe que o seu testemunho de vida me ajudava, a mim que sou padre, a viver mais plenamente a minha vocação».

O relacionamento de Peter com Chiara Lubich continuou com o passar dos anos. Em 2007 recebeu o diagnóstico de um tumor. Mesmo depois da passagem de Chiara para a Céu (2008), confiava tudo a ela, também a própria situação de saúde.

Susan, sua esposa, confidenciou: «Era muito agradecido pela sua vida que definia como uma longa viagem, feliz e cheia de alegria pelo Senhor. Mesmo durante todo o período da doença e principalmente quando seu estado agravou-se, Peter permaneceu sereno e concentrado em viver cada momento presente. Como gostava de afirmar, estava sempre “em confiante espera através da graça e da vontade de Deus”». O seu longo calvário concluiu-se no dia 13 de dezembro de 2011, com 69 anos.

Numa Igreja repleta de parentes, amigos e colegas de trabalho, durante a homilia o celebrante exprimiu a opinião dos presentes: «Quantas pessoas estão aqui? Não sei. Tudo o que posso dizer é que não estamos aqui para chorar, mas para celebrar uma existência realmente bem vivida!».