Através do testemunho de Ginetta anunciamos ao mundo que Jesus é o caminho, não somente para a nossa salvação pessoal, mas também para a construção de uma sociedade fraterna onde podemos viver a comunhão, a unidade, a justiça, a verdade e a santidade.
Assim D. Ercílio Turco, bispo de Osasco (SP), na Catedral Santo Antonio, encerrou a solenidade de conclusão da fase diocesana do processo de beatificação de Ginetta Calliari, uma das primeiras companheiras de Chiara Lubich, chamada por ela mesma cofundadora do Movimento dos Focolares no Brasil, onde viveu por mais de 40 anos.
O cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, na mensagem de abertura, fez os votos de que a santidade de vida de Ginetta possa ser reconhecida o quanto antes, para o bem da Igreja.
Estes votos foram partilhados por dom Ercílio Turco: A conclusão desta fase diocesana do processo, inserida na celebração do ano da Fé, é um precioso ponto de referência e uma graça para toda a Igreja e convidou a pedir a Deus que se for a sua vontade, a sua vida seja apresentada como modelo de santidade. A essência do Evangelho é o amor, acrescentou. E recordou como Ginetta viveu o amor a Jesus e aos irmãos, amor que levou-a a abraçar com entusiasmo o projeto de Chiara que hoje já é uma realidade: a Economia de Comunhão. Amor traduzido em gestos concretos que promovem a vida e é sinal de uma sociedade nova, permeada pela fraternidade, pela partilha.
O testemunho de Ginetta vai além dos confins da Igreja. Na catedral estavam presentes representantes do Círculo Trentino em São Paulo, uma delegação da associação budista Risho Kossei Kai no Brasil, com o Reverendo Kazuyoshi Nakahara; Dr. Carlos Barbouth e a sua esposa Elsa, judeus, membros do Conselho Geral da Fraternidade Cristã Judaica de São Paulo. Eu sempre acreditei declarou o Dr. Barbouth que todos podemos ser exemplos uns para outros, e testemunho dos valores mais genuínos daquilo que mais precioso podemos realizar: trabalhar por um mundo melhor. Ginetta certamente cumpriu esta missão.
A imagem luminosa de Ginetta na foto ao lado do altar tornava visível, mais do que nunca, a atração que sua vida continua a exercer ainda hoje. Vê-la, através de uma grande tela, em um vídeo, que em poucos minutos comunicou a força do seu encontro com Chiara Lubich, com o carisma da unidade, com Deus que transformou a sua vida, foi impressionante. A sua fidelidade ao carisma genuíno foi reconhecida por Chiara no dia da sua partida desta terra, como recordou a presidente dos Focolares, Maria Voce, na sua mensagem enviada para a ocasião: Nisto está a autenticidade de sua vida, o segredo, a concretude e a integridade das suas obras.
Forte e comovente o testemunho de Norma Curti, que viveu com Ginetta por mais de 30 anos: Não existia obstáculo, imprevisto ou contrariedade que a freava – disse. A sua força era a fé nas palavras do Evangelho. E a fé Ginetta dizia – é a nossa participação à onipotência de Deus .
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