Toni Weber nasceu no dia 19 de julho de 1935, em Niedergösgen, na Suíça, e sentiu o chamado ao sacerdócio de uma maneira “prepotente”, como ele mesmo gostava de definir, no famoso santuário suíço de Nossa Senhora de Einsiedeln. Poucos meses depois, portanto, já estava no Colégio Germânico de Roma para iniciar uma experiência no seminário. “Eu fui para o seminário – ele mesmo disse – com esta convicção: se eu renuncio a uma bela família natural é porque eu quero encontrar na Igreja uma família maior e ainda mais bela!”
Foi em Roma que Toni encontrou alguns “leigos que vivem o Evangelho”, os focolarinos. “Eu não falava quase nada em italiano – ele continua – e não me lembro o que entendia nas nossas conversas, mas, fiquei muito edificado pelo relacionamento que se instaurou entre nós. Tenho a convicção de que não foi um encontro com duas pessoas, mas, com Jesus entre eles.”
Toni compreendeu que encontrara um Ideal válido tanto para ele, seminarista, quanto para leigos. Ele dizia a um seu amigo: “A que serve conhecer bem a Escritura se, depois, ela não se torna concreta na nossa vida, todos os dias?”
Com esta intenção, com Padre Silvano Cola, começaram o primeiro “focolare sacerdotal” do mundo. Neste ínterim, em 1964, conclui brilhantemente os seus estudos na Pontifícia Universidade Gregoriana, tanto que a sua tese foi premiada com uma medalha de ouro: a melhor tese do ano. Ele tinha a possibilidade de continuar os estudos em Oxford e, depois, na Alemanha.
Exatamente naquela época, Padre Pasquale Foresi – uma das pessoas que Chiara Lubich definiu cofundador, com ela, do Movimento dos Focolares – perguntou a Toni se ele conhecia alguém que pudesse lecionar em um seminário no Brasil. “Não conheço ninguém – foi a resposta generosa – mas eu posso ir!”
Em novembro de 1964 Toni deu de presente a Chiara a medalha de ouro que recebera, dizendo-lhe que a sua intenção é de renunciar a tudo diante do desejo de oferecer aos outros a teologia viva que nasce da vivência do Evangelho.
Durante quatro anos no nordeste do Brasil, Toni entrou em contato com uma situação de grande pobreza, se empenha, no seminário local, e ficou conhecendo vários teólogos da Teologia da Libertação. Inicia o primeiro focolare sacerdotal do Brasil, mas, especialmente, ele preenche os seus dias de inúmeros pequenos atos de amor ao próximo.
Em 1968 o seu bispo lhe solicita retornar à Suíça. E, em 1970 ele foi para Frascati, nas proximidades de Roma, para dedicar-se à Escola de Formação para sacerdotes, promovida pelo Movimento dos Focolares, na qual ele imprimiu a sua “característica”: a sabedoria constituída de fatos concretos, bem mais que de palavras.
Em 1982 ele vai às Filipinas para iniciar a Escola de Formação para sacerdotes, Escola que fora solicitada a Chiara Lubich por quarenta e sete bispos filipinos. No início são somente três sacerdotes, mas, isto não o desencoraja. Eles começaram a viajar pelo país inteiro, encontrando bispos e sacerdotes e estabelecendo com eles profundas relações fraternas. Como resultado, deste diálogo nasceu um método de formação para o clero local, fundamentado no serviço e na convivência fraterna, que logo foi adotado como modelo.
Exatamente naquela época inicia uma nova fase na vida di Toni, quando recebeu a notícia de uma doença. Tendo que voltar para a Suíça, até o último dia da sua vida, repetirá aos sacerdotes do seu novo focolare, em Zurique, poucas palavras, mas, plenas de significado: “O que vale é a unidade.” Antes de encontrar o Pai Celeste, no dia 16 de abril de 1990, repete com convicção e grande reconhecimento: “Vem Senhor Jesus, vem Maria!”