[symple_box color=”gray” fade_in=”false” float=”center” text_align=”left” width=””]
Caríssimas e caríssimos,
A recente comemoração do aniversário do passamento de Chiara, bem como o encontro havido há pouco com o papa Francisco, remetem-nos ao nosso compromisso concreto com uma sociedade mais fraterna, exercendo uma cidadania capaz de “levar amor aonde não há amor, para ali encontrar amor” (parafraseando são João da Cruz). No atual momento que vivemos, são várias as oportunidades que nos impelem a contribuir com o nosso exercício dessa cidadania fraterna.
Recebemos uma carta da Conferência dos Religiosos do Brasil, presidida por nossa Irmã Maria Inês (que ali faz um bonito trabalho de comunhão entre os carismas), alertando para um ponto da reforma da previdência social que não tem aparecido na mídia. Trata-se do fim da isenção da cota patronal do INSS aplicada às entidades filantrópicas, entre elas, muitas inspiradas no Carisma da Unidade.
Bem sabemos quantas ordens religiosas sustentam obras sociais em favor daqueles que representam um rosto de Jesus Abandonado em nossa sociedade. A aprovação dessa medida tornaria muito mais difícil, senão inviável, a continuidade dessas obras.
Além disso, as novas regras propostas, com alteração da idade mínima da aposentadoria e do aumento do tempo de contribuição, não levam em conta as desigualdades existentes em nosso país, sejam elas relativas à expectativa de vida, sejam às condições de trabalho, principalmente dos trabalhadores braçais ou de outros setores.
Sabemos que há razões para que ocorra uma reforma na Previdência – entre elas, o envelhecimento da população – exigindo a implementação de medidas adequadas. Por outro lado, tais medidas devem ser amplamente aprofundadas e submetidas a discussões envolvendo setores da
sociedade diretamente ligados à questão, e a população em geral, e não impostas dentro de um processo que fere princípios democráticos e direitos trabalhistas.
Nesse sentido, gostaríamos de convidar a todas e a todos a fazerem uma “experiência de cidadania fraterna”:
1) superarem as posições a priori de ser favorável ou contrário às medidas do governo;
2) lerem todos juntos a declaração da CRB e da CNBB;
3) informarem-se em profundidade sobre os fatos envolvidos, sem se aterem a meras opiniões
4) e fazerem o exercício de compreenderem juntos, com serenidade, o que de fato poderia
contribuir para o bem comum nas propostas que estão sendo apresentadas no Congresso.
Após esse processo, de acordo com a própria consciência (iluminados por Jesus no meio) e de acordo com as próprias possibilidades, fazerem algum gesto concreto para traduzir essa experiência em fatos.
Estamos cientes de que se trata de um exercício desafiador, delicado, exigente. Mas sabemos do desejo profundo de cada um e de cada uma de atuar o Carisma na sociedade, e da boa vontade de percorremos juntos o aprendizado disso.
Assegurando a vocês nossa unidade,

Secretaria Nacional de Humanidade Nova
Escola de Cidadania Ginetta Calliari

[/symple_box]