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Uma casa equipada em 24 horas

No dia 31 de maio recebi uma mensagem com pedido de ajuda de uma família venezuelana com seis pessoas que havia acabado de chegar na cidade. Eles conseguiram alugar uma casa, mas não tinham nada, a começar por roupas e cobertas. O desafio era enorme!

Coloquei tudo no coração de Deus, porque nosso grupo, Fraternidade sem Fronteiras, coordenado por membros do Movimento dos Focolares em Curitiba, já auxilia 101 famílias relacionadas e, em reunião recente havíamos entendido que não tínhamos condições de atender mais nenhuma família.

Na disposição de amar a todos, sempre procuro “abraçar” essas novas famílias, ouvindo suas histórias e acolhendo suas necessidades e pedidos, ainda que não possamos ajudar materialmente. Encaminho, faço pontes e crio redes.

E foi assim que aconteceu. Primeiro recebi o contato de uma senhora da minha paróquia dizendo que tinha umas coisas para doar, pois seu irmão morava sozinho e morreu repentinamente. Já era a providência que chegava para a família venezuelana e combinamos que eu buscaria no dia seguinte.

Lembrei-me também de um padre vicentino amigo, que é vigário da paróquia do bairro onde a nova família foi morar. Pedi apenas que verificasse se aquele endereço era de seu território paroquial. Ele prontamente respondeu e disse que iria pessoalmente visitar a família. Logo após a visita contou que a família realmente não tinha nada, nem lâmpadas, e imediatamente levou alimentos e cobertas. E fez uma campanha com os grupos de sua paróquia para conseguir o que aquela família precisava, como fogão, bujão, lâmpadas, colchões, etc.

Na tarde da segunda, enquanto o padre corria para um lado com as doações que foi conseguindo, eu e meu esposo Celso fomos até a casa da senhora que perdera o irmão. Ela doou todos os utensílios de cozinha, roupas de cama, travesseiros, roupas pessoais, calçados, cabides e os alimentos dos armários e até os que estavam na geladeira.

Fiquei profundamente tocada com esta senhora que, apesar de frequentar minha paróquia, eu nunca havia conversado. Ela ficou muito feliz de ter nossa ajuda naquela hora difícil de mexer nas coisas do irmão que morava sozinho. Contou a história do irmão, de quanto o amava e de tudo fez para que ele fosse feliz. E eu contei para ela para onde tudo aquilo iria naquela mesma hora e suas lágrimas foram se transformando. E ela disse: “Isto é que é transformar dor em alegria!”. Assim, ajudamos também essa paroquiana naquele momento tão especial de sua vida.

Enchemos o carro e fomos levar tudo e também conhecer a família. A alegria deles ao receber todas aquelas doações foi contagiante.  Enquanto eu estava lá, recebi mensagem do Padre dizendo que já havia conseguido fogão, sofá, mesa, cadeiras, camas, colchões, pia…

Ele estava muito feliz e animado com sua campanha tão abençoada por Deus e com a generosidade do povo: uma casa toda equipada em 24 horas pela providência divina.

Foi uma linda experiência, pois todo mundo que se envolveu ficou muito feliz. Já encaminhamos para eles a plataforma que nossos Jovens do Movimento Jovens por um Mundo Unido criaram para elaboração de currículos. Agora, da nossa parte será “batalhar” por um emprego para o casal. Essa experiência nos faz acreditar que este é o caminho: fazer a rede com as comunidades locais.

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