A Mariápolis Gineta acolheu, de 2 a 6 de janeiro, cerca de 120 sacerdotes e seminaristas para o retiro anual desse setor do Movimento dos Focolares. Muitos padres jovens, alguns pela primeira vez, marcaram positivamente o retiro deste ano, além da presença de muitos seminaristas, uma expressão de que o carisma da Unidade é um carisma atual para a vida da Igreja e da sociedade.
Padre Antônio Capelesso, destacou a alegria, o apoio e o acolhimento mútuo nestes dias de encontro presencial e de experiências que revelaram a verdadeira presença de Jesus entre todos. “Depois de fazermos experiência de unidade, digamos virtual, feita por muitos através do WhatsApp nos últimos tempos, agora o encontro pessoal, concreto, trouxe em relevo a nossa realidade de família”, escreveu.
O tema do ano (“Jesus abandonado – único esposo”) proporcionou aos presentes uma consciência mais profunda de quem é Jesus abandonado e suscitou uma nova escolha por Ele. Em alguns momentos, sacordotes e seminaristas se dividiram em grupos e puderam compartilhar experiências sobre a vida do Ideal da Unidade nas comunidades e deram um novo ânimo para a realidade do Movimento Sacerdotal no Brasil.
Vale a pena a leitura dessas impressões deixadas pelos participantes.
 
“Este foi o meu primeiro contato com o Movimento. Uma nova perspectiva de abertura e ‘quebra’ da minha personalidade individualista. O contato proporcionado é sinal de que ainda há esperança de união, de paz e de amor. Foi meu primeiro encontro, um momento para recarregar as energias. O que mais gostei foi a partilha dos padres, cada um com a sua experiência de unidade. O tema deste ano contribuiu para uma maior vivência do carisma. Poderia haver um momento de esporte. E também uma adoração eucarística. Quero retornar no ano que vem”.

“Um reavivamento, momento para reabastecer as energias, combater o homem velho, revitalizar o espírito. Abri mão do meu egoísmo. Escutei meus irmãos, esvaziando-me a mim mesmo para fazer-me um com eles. Senti-me acolhido, amado”.

“Grande provocação para viver a unidade no Seminário, na família e na sociedade. Jesus Abandonado foi uma viga mestra neste retiro para dar lume às coisas novas e acontecimentos do meu dia-a-dia. Conhecê-lo me ajudou a refletir e a dar sentido nas tristezas, aflições e agonias que encontro e encontrarei…” (um seminarista)

“Preciso voltar a amar mais, ir além da dor e da decepção. Ser mais amor nos relacionamentos, sem deixar-me levar pelo ativismo. Renovar a escolha de Deus na minha vida. Renovar a esperança de uma vida de família no clero”.

“As experiências dos padres mais velhos me tocaram muito enquanto seminarista. O tema de Jesus abandonado me falou fortemente e também aqui pude vê-lo e reconstruir a unidade com Jesus em meio. Gostei da conversa para resolver os questionamentos a respeito dos aderentes, voluntários e focalarinos. Obrigado por mostrarem que o Evangelho é simples”.

“Este congresso fortaleceu a minha vocação e deu um sentido novo ao meu sacerdócio. Escolhendo Jesus abandonado como esposo da minha alma consigo agora identificá-lo nas chagas da Igreja e nos desafios pastorais. Ser mais do que fazer”.

“Foi verdadeiramente um encontro de família. Consegui ver em cada um meu irmão. Isto reacendeu o frescor do Ideal em mim, pois no presbitério da minha diocese não estava conseguindo viver desta forma. Jesus Abandonado, sendo esposo da alma, não pode ser evitado ou julgado, mas abraçado com amor. Renovo esta disposição interior”.