Esta manhã, aos 92 anos, faleceu serenamente, Giulia (Eli) Folonari, uma das testemunhas privilegiadas da vida pública, mas sobretudo cotidiana, da fundadora dos Focolares.

Depois de diplomar-se em Economia e Comércio na Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão, com 25 anos, Eli escuta pela primeira vez falar do nascente Movimento dos Focolares, por intermédio de Valeria (Vale) Ronchetti.
No mesmo ano, enquanto passa as férias em local não distante de Tonadico (Trento), aonde estava se realizando uma das primeiras Mariápolis, decide ir participar dela juntamente com seus irmãos, Vincenzo e Camilla. Naquela ocasião conhece Chiara Lubich.
Tendo se transferido a Roma, em 1951, a acompanha em todas as suas viagens à Itália, América do Sul, Ásia, Austrália, América do Norte, Europa. «Uma aventura divina – dirá depois -. Uma longa corrida para estar atrás de Chiara, de surpresa em surpresa».
Sua confidente e conselheira nos difíceis anos de estudo do Movimento dos Focolares (Obra de Maria) por parte da Igreja, acompanha, em especial, os desenvolvimentos do meios de comunicação: a fundação do Centro de audiovisuais dedicado a Santa Clara de Assis e, em 1980, o nascimento de uma “conferência telefônica coletiva”, que em breve estende-se a todos os países onde estão presentes os Focolares.
Tendo nascido como um instrumento para a partilha da vida espiritual, das alegrias, dos sofrimentos e das notícias, a “conferência” transforma-se, no tempo, graças à evolução tecnológica, em conexão streaming e via satélite, ainda hoje chamada CH (do latim Confoederatio Helvetica), para recordar suas origens.

Desde a sua fundação, em julho de 2008, até 2014, Eli Folonari é responsável pelo Centro Chiara Lubich, instituído para conservar o seu pensamento, a sua autenticidade e difundir o carisma, e a história do Movimento, por meio de encontros, conferências e um portal web. O Centro coloca à disposição dos estudiosos e do público o rico patrimônio de documentos impressos e multimídia que a fundadora da Obra de Maria deixou.