Todas as mudanças possuem um começo, um pequeno sopro que se transforma em um vendaval. Para Chiara Lubich, aquele 07 de dezembro de 1943 foi o sopro que transformaria a sua vida e a vida de outras milhares de pessoas, de diferentes gerações, para sempre.
A história do que hoje se tornou o Movimento dos Focolares, presente em mais de 180 países ao redor do mundo, começou nesta data. O sim de Chiara dado em uma pequena igrejinha próxima de sua casa em Trento (Itália), foi impulsionado por um forte chamado que sentia dentro de si “Doa-te toda a mim”, escutado num dia de ventos frios que figuravam no inverno de sua pequena cidade.
E até hoje são centenas as pessoas que, assim como ela, sentiram e abraçaram este vento impetuoso e consagraram sua vida a Deus, transformando-se em focolarinos e focolarinas.
“Seguir a estrada de Chiara significou para mim a real possibilidade de ser santo na vida ordinária, cumprindo a vontade de Deus no momento presente e viver sua aventura que se tornou minha”, nos conta Fernando Miranda, 55 anos, focolarino que reside atualmente em Brasília.
Sua história no Movimento começou como uma fuga para se esconder de uma gangue rival à sua comunidade, mas foi a partir deste dia que ele fez sua descoberta de um Deus que é Amor e que poderia reviver a vida dos primeiros cristão.
Já para Rodrigo Apolinário, 34 anos, focolarino casado de Campina Grande (PB), seguir os passos de Chiara significa ter a oportunidade de viver uma espiritualidade coletiva que, em suas palavras, inspira a olhar para mim e, em seguida, sair de mim e ir ao encontro do outro. “É esplêndido poder dar passos, construir novas experiências sentindo a presença de Jesus em meio a nós, um exercício que só é possível a partir da disposição de comunhão, de construir a unidade.”
Ser de Deus e estar no mundo
“O fato de estar no meio do mundo, ser igual a todos e ser toda de Deus é o que mais me inspira nessa caminhada”, descreve Leda Lacerda, 37 anos, focolarina amazonense atualmente em Igarassu (PE). Leda viveu por seis anos entre a Nigéria e África do Sul e voltou para o Brasil há cerca de três anos. E, para ela, encontrar o carisma da Unidade encheu sua vida de sentido.
Ela relata que encontrou um caminho que não imaginava que existisse: o de viver por Deus, fazer tudo por amor a Ele: estudar, trabalhar, estar com os amigos, etc. “Me senti tão amada por Ele”, ela complementa, “que queria levar esse amor a todos! Minha vida se encheu de uma felicidade que nunca mais me deixou.”
E na vida de focolare, já há 45 anos e casada, Any Borgonovo, 65 anos, que vive atualmente no estado paulista, mas nascida em Araraquara (DP), experimentou muito forte a alegria, a coragem e a força para a caminhada rumo à santidade. “Sinto-me totalmente realizada e sempre mais encantada por esse chamado que se resume em construir a presença de Jesus em nosso meio e escutar a voz do Espírito Santo”.