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11º encontro dos artistas dialoga sobre o corpo como território

Pelo segundo ano consecutivo os artistas ligados ao Movimento dos Focolares e seus amigos escolheram a charmosa cidade de São João Del Rey, no interior de Minas Gerais, para o 11º encontro anual dos artistas, entre os dias 20 e 22 de setembro.
Estiveram presentes 39, de 8 estados do Brasil e das mais diferentes áreas da arte: música, dança, teatro, cinema, vídeo, artes visuais, moda, poesia e design.
O tema proposto para o diálogo foi “O corpo como território” e boa parte da programação foi pensada para integrar a comunidade da cidade ao encontro.
Sendo São João del Rey uma cidade colonial, com um belo centro histórico muito bem conservado e muito receptiva a procissões, serestas e manifestações de rua, os artistas tiveram a ideia de realizar um cortejo pela cidade no sábado à noite.
“Essa ideia surgiu também muito ancorada no assunto que estudamos esse ano, “O Corpo como Território”, estudo que trouxe de maneira muito forte o corpo como tema, mas também como instrumento e como lugar da arte. Entendíamos ali na preparação que esse cortejo deveria ser igualmente uma experiência simbólica, que reforçasse a presença da arte na vida e a atitude de não aceitação do artista em ver as suas diversas expressões tolhidas pelo momento social e político que vivemos”, nos escreveram os artistas.
Foram escolhidos alguns pontos de parada e, por mais de duas horas, percorreram as ruas com músicas, danças e performances, vestidos com figurinos de teatro. A comunidade logo foi atraída pela alegria e pela curiosidade. Acenaram e aplaudiram da janelas e muitos seguiram o cortejo pelas ruas.
Na cidade existe uma tradição de concurso de sinos, que competem por sua maestria. Um momento muito especial foi quando o cortejo se aproximou de uma igreja, onde se encerrava uma celebração, e o sino badalava.
“Estávamos naquele momento tocando e cantando um baião e subitamente o sino começou a nos acompanhar no ritmo, provocando uma grande comoção em todos, durante toda a performance que fizemos naquela parada”, comemoraram os artistas.
A programação do encontro ainda contou com belas apresentações musicais, encontros em grupo para diálogo e com uma conversa demorada sobre o lugar do artista no mundo, sobre a presença também como cidadãos e de como as várias disciplinas podem hoje se misturar ao fazer artístico, trazendo vínculos bastante produtivos e provocantes aos ambientes de atuação.
“A experiência do diálogo perpassou sem dúvida todas essas atividades e projetos, sendo ela a ideia chave de todos os nossos encontros. Nossas diferenças no fazer, no pensar, diferenças políticas, estéticas e ideológicas são sempre um terreno fértil para essa espécie de laboratório que a cada ano propomos, sempre com a intenção de sairmos dali mais fortalecidos em nossos processos criativos”, concluíram.
 

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