A XXXIV Jornada Mundial da Juventude está acontecendo no Panamá. Entrevista com a jornalista panamenha Flor Ortega, da comunidade dos Focolares.
No logo da XXXIV Jornada Mundial da Juventude, com o tema “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38), o formato de ponte representa o pequeno istmo do Panamá, e simboliza o seu espírito de acolhida.
Um estreito braço de terra, de apenas 75 mil quilômetros quadrados, banhado por dois oceanos, Atlântico e Pacífico, que coloca em contato não somente as duas Américas, mas todos os continentes, por meio do canal que pode ser trafegado pelos navios em trânsito. Um país hospitaleiro, de portas abertas, sobretudo para os numerosos migrantes que sempre o atravessaram, do norte ou do sul.
Como vocês trabalharam na preparação do evento? “Quando, no dia 31 de julho de 2016, no Campus Misericordiae, de Cracóvia, na Polônia, o Papa Francisco anunciou que a XXXIV Jornada Mundial da Juventude teria sido realizada no Panamá, imediatamente o Movimento dos Focolares da região da América Central, da qual o Panamá faz parte, aderiu com entusiasmo”.
Flor Ortega, jornalista panamenha, logo começou a acompanhar o aspecto da comunicação. “No início não tínhamos muitas notícias e formamos comissões para informar, tempestivamente, a todos, sobre os vários particulares da preparação. Agora, a presença nos meios de comunicação e nas redes sociais é muito forte”.
No dia 17 de maio, na Cidade do Panamá, durante uma celebração eucarística com milhares de participantes, o arcebispo, D. José Domingo Ulloa, propôs o dia 22 de cada mês como dia de oração, até o mês de dezembro, em preparação à JMJ. Alguns dias depois, no seu gabinete, o arcebispo pediu aos jovens do Movimento dos Focolares que se ocupassem do primeiro, em 22 de junho.
Como os jovens aderiram a esta proposta? “Com entusiasmo e dedicação. Carmen Cecilia, de Panamá, disse-nos, depois, que esse compromisso a fez valorizar novamente a oração, a participação à Eucaristia, a recitação do Terço, ‘como ocasiões para estar face a face com Jesus’”.
Muitos jovens dos Focolares, do Panamá e de outros países, estão há meses trabalhando no projeto de um evento de dois dias, ao término da JMJ, de 29 a 31 de janeiro, para cerca de 400 participantes. “Os adultos os apoiaram providenciando o preparo das refeições e dos alojamentos, com várias atividades para arrecadar fundos. Os jovens, por sua parte, criaram um programa para a gravação online e abriram um serviço de informações e de call center, para captar as contribuições de outros países.
O focolare feminino de Panamá tornou-se o ponto de referência, inclusive logístico. Keilyn, da Costa Rica definiu esta como ‘uma ocasião para conhecer a comunidade do Panamá, muito unida e laboriosa, um verdadeiro modelo’”
Chegaram da Itália, o copresidente dos Focolares, Jesús Morán, e a banda internacional Gen Verde, que participou de dois eventos introdutivos, o primeiro em Chitré, capital da província de Herrera, no Golfo do Panamá, e o segundo em Colón, na costa atlântica. A banda estará presente também na noite do dia 26 de janeiro, durante a vigília em preparação à Missa conclusiva, com o Papa Francisco.
“Pro mundi beneficio”, “em benefício do mundo”, está escrito no brasão oficial do Panamá. O que significa? “O lema é ligado às finalidades de serviço desempenhadas pelo canal. Mas estamos certos de que agora podemos estendê-lo, idealmente, à mensagem que partirá dessa JMJ”.
Chiara Favotti
Source: Site Internacional