Concluído congresso “Co-governança: corresponsabilidade nas cidades de hoje” com um documento que propõe aos cidadãos e administrações públicas, a prática da participação por meio de uma construção de redes de residentes, atores sociais e cidades.
“A política é o amor dos amores, que reúne na unidade de um projeto comum a riqueza de pessoas e grupos, consentindo a cada um de realizar livremente a sua vocação”. (Chiara Lubich – La sfida di una politica autentica – Martigny (Svizzera), 22.03.2003)
Concluiu recentemente, com as palavras no mínimo desafiadoras de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, o “Co-governança, corresponsabilidade nas cidades de hoje”, o congresso dedicado aos governos participativos das cidades, promovido pelo Movimento Humanidade Nova, Movimentos Política pela Unidade e Associação Cidades pela Fraternidade, a expressão de compromisso social e político dos Focolares.
Foi a primeira edição do evento, que em 2021 será realizado no Brasil.
Participaram do encontro mais de 400 pessoas, entre elas administradores públicos, políticos, empreendedores, acadêmicos e sociedade civil de 33 países. No centro dos trabalhos, a participação foi apresentada em suas numerosas expressões, como mostraram as histórias e as práticas compartilhadas dos mais de 60 especialistas das áreas de urbanística, comunicação, serviços, economia, política e meio ambiente.
“Somos convictos de que a participação seja uma escolha estratégica, o modo mais consoante de viver bem dentro da cidade.” – explica Lucia Fronza Crepaz, com experiência parlamentar, atualmente é formadora na “Escola de Participação Social” de Trento e membro da comissão científica do evento. – “Uma Participação não concebida como substituição do processo de representação, mas sim escolhida como modalidade eficaz para enfrentar a complexidade dos problemas e dar força à delegação democrática.”.
O “Pacto por uma nova Governança”: cidades em rede
O fruto dos trabalhos é a aprovação e a assinatura do “Pacto por uma nova Governança”, com o qual os participantes se comprometeram a “contaminar” suas comunidades e administrações públicas.
“Estamos convencidos – diz o documento – que as cidades podem tornar-se laboratórios de experimentos que, no cotidiano das relações, lhes permitem percorrer caminhos de paz e justiça; onde círculos virtuosos podem ser acionados por qualquer pessoa e dessa maneira, infectar transformando-se em hábitos construtivos de cidadania; onde a diversidade cultural pode se encontrar, reconhecer e compor lugares de nova hospitalidade, onde a cooperação entre a função mediadora dos políticos, a qualidade técnica dos especialistas, a competência dos funcionários, o conhecimento dos cidadãos e dos numerosos atores sociais, dá nova qualidade à democracia das cidades. Se esta perspectiva se consolidar em uma multiplicidade de práticas eficazes, poderá se tornar um sistema e se projetar a um nível global”.
Os 400 assinantes do pacto comprometeram-se a compor três redes para agregar diversidade e responder à complexidade da realidade.
São redes de cidadãos: “Aqueles que habitam em território urbano, mantêm diversidade de funções e atividades, mas são inspirados pela mesma responsabilidade”; redes de atores coletivos, ou seja, “grupos profissionais e econômicos, sujeitos de serviço voluntário e de âmbito religioso, cultural e universitário, comunicação, etc.”; redes entre cidades: “… que se proponham na colaboração, antes de tudo da cidadania, com a criação de plataformas acessíveis a todos e de fácil uso.
Na cooperação que supere os interesses particulares e preconceitos que minam a confiança, fundamento indispensável para a construção de uma rede. Com o objetivo de compartilhar programas e informações, recursos humanos e materiais, mas também, experiências que falariam e as suas problemáticas, para um ajudo reciproco e assim, abrir novas visões e colaborações operativas.
Solicitam o reconhecimento enquanto atores essenciais dentro das organizações e instituições inter e transnacionais, para que haja integração, com as vozes dos povos, sendo essa a única representatividade dos governos”.
Confira aqui o documento integral do “Pacto por uma nova Governança”
Para mais informações: brasil@mppu.org.br
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