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1º Jogos Indígenas na Mariápolis Glória promove partilha, cuidado e colaboração entre crianças e adolescentes

Em Benevides, no Pará, membros do Movimento dos Focolares que cultivam o carisma de Chiara Lubich na Mariápolis Glória desenvolveram neste ano os Jogos Indígenas, oportunidade de aprendizagem social e cultural, permeada de valores e histórias dos povos nativos junto às crianças e adolescentes do Projeto Social Acolhida. O evento aconteceu no dia 21 de outubro, na Mariápolis, com um mês de preparação. 

O Projeto Social Acolhida acontece dentro da própria Mariápolis Glória, localizada na em Benevides, no Estado do Pará, e atende  120 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade Social. Este ano, o tema em desenvolvimento é Cuidar, a força capaz de transformar.  Por meio de dinâmicas, músicas, danças, palestras e jogos, as crianças e os adolescentes descobrem a importância de cuidar de si, do outro e da natureza. 

Pedagoga, focolarina (consagrada do Movimento dos Focolares) e Coordenadora do projeto,  Rosângela Aragão conta que o Dado da Paz e do Dado da Terra estão sendo instrumentos pedagógicos fundamentais para impulsionar a mudança de mentalidade entre uma juventude capaz de desenvolver uma nova cultura do cuidado e da paz.   

“Sonho com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida. Sonho com uma Amazônia que preserve a riqueza cultural que a caracteriza e na qual brilha de maneira tão variada a beleza humana. Sonho com uma Amazônia que guarde zelosamente a sedutora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas florestas. Sonho com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo na Amazônia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazônicos.” Papa Francisco – Exortação Apostólica Querida Amazônia.

Os Jogos Indígenas

Com o espírito de desenvolver uma juventude que coloque a paz e a unidade em primeiro lugar, a equipe promoveu entre os e as participantes do Projeto Social Acolhida a construção da primeira edição dos Jogos Indígenas. 

“As crianças e os adolescentes vivenciaram todo o processo de preparação dos Jogos, sendo inseridos numa vivência de tribo, na qual o ponto fundamental é a unidade entre os integrantes, e a unidade com a natureza”, narra Rosângela. 

Segundo a pedagoga, essa vivência os fez descobrir com mais profundidade valores fundamentais como o respeito, a partilha, o cuidado, a colaboração e a reciprocidade.   

“Foram várias dinâmicas: arco e flecha, corrida com o tronco individual e revezamento, cabo de guerra individual e misto, e arremesso de lança. Nos preparativos, as equipes preparam todos os instrumentos dos jogos e a decoração do espaço, com elementos coletados da natureza, usando somente o necessário para cada coisa, sem precisar comprar. E, enquanto preparavam os jogos, ensaiavam também músicas e danças indígenas. No dia da competição dos jogos, tivemos a visita de um cacique, senhor Emílio Cabá, da tribo dos mundurucus, ativista em defesa dos direitos dos povos originários, que veio compartilhar suas experiências de vida com as crianças e os adolescentes, os quais ficaram encantados em encontrar um verdadeiro cacique.”

Os educadores que acompanharam todo o processo de adesão das crianças e dos adolescentes  e as mudanças comportamentais que evoluíam conforme iam se integrando nos jogos, comentaram, cheios de alegria, o quanto foi lindo ver o crescimento no cuidado com o outro e o sentimento de pertença à equipe e à natureza. 

Ao final dos Jogos Indígenas, cada equipe plantou uma árvore a qual puderam dar o nome da tribo, simbolizando uma relação de afeto e cuidado com a criação, além de manterem viva a memória afetiva da experiência vivenciada de forma divertida e potente.

A seguir, alguns relatos das crianças e adolescentes participantes: 

Com os jogos, estamos vivendo a cultura dos indígenas e estamos participando para aprender mais da nossa cultura. (S. A – 12 anos)

Eu aprendi a compartilhar a respeitar. (I. C. – 7 anos)

Foi um pouquinho difícil ser o cacique por conta da organização, mas ao mesmo tempo, foi divertido, foi uma experiência incrível. Aprendi que temos que respeitar a opinião dos outros. Aprendi sobre a cultura indígena e sobre a religião deles. (L. A. -12 anos) 

Aprendi sobre cooperação.  Foi bom conhecer pessoas de outras tribos. (J. V. – 11anos)  

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