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Meninas da Guiné-Bissau vão à escola com o apoio de membros do Movimento dos Focolares de São Paulo. Conheça essa história.  

Entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, o casal de voluntários do Movimento dos Focolares Ercília Fiorelli e Giampaolo Gherghetta, de Bauru (SP), estiveram na Guiné-Bissau para visitar a Escola São Benedito Africano, iniciativa franciscana apoiada por um grupo do Estado de São Paulo há cinco anos. Atualmente, a escola recebe cerca de 800 alunos e alunas de 06 a 16 anos, dos setores Blom e Ondame, na região de Biombo.

A República da Guiné-Bissau é um país com patrimônio cultural rico e diverso, dependendo fortemente da agricultura e da pesca, responsáveis por cerca de 62% do PIB. Está localizada na costa ocidental da África e possui parte do território continental e parte com arquipélagos que somam aproximadamente 80 ilhas. Apesar de ter sido o primeiro país africano a declarar independência de Portugal, em 1973, o longo período de exploração e as sucessivas crises políticas explicam a realidade de vulnerabilidade encontrada ainda hoje.

Ercília Fiorelli nos contou um pouco sobre a realidade que encontrou:

“A maioria dos pais não conseguem pagar educação para todos os filhos, já que o governo cobra uma taxa. Eles costumam colocar os meninos na escola e as meninas ficam fora, por isso o índice de analfabetismo feminino alcança quase 80%.”

O atual diretor da escola é um padre franciscano do Movimento dos Focolares que morou muitos anos em Fontem, cidade africana dos Camarões. Ao receber e apresentar à equipe o trabalho feito em 2023, narrou outros desafios encontrados, entre eles crianças que chegam para as aulas com fome, famílias sem recursos para material didático e alunos e alunas que precisam andar de 6 a 12 km todos os dias para chegarem à escola.

Mesmo com a dura realidade, Ercília constatou que o que mais recebeu durante as visitas às escolas foi gentileza e doçura.

Atuação dos Focolares

Desde seu nascimento na década de 1940, o Movimento dos Focolares vive pela fraternidade universal e entende que todos somos irmãos. Por isso, atua em diversas frentes sociais pela erradicação da pobreza e equidade social, como um reflexo de uma vida baseada no Evangelho: “Toda vez que fizeres a um destes pequenos irmãos, foi a mim que fizeste”.

Movidos por este ideal de fraternidade, após conhecerem a realidade das meninas guineenses que ficam sem estudar por falta de recursos financeiros, um grupo do Movimento dos Focolares de São Paulo decidiu agir. Entre eles, estavam Ercília e Giampaolo.

Juntos, decidiram compartilhar seus próprios recursos financeiros com o Centro Internacional do Movimento dos Focolares, que ficou responsável por recolher as doações e encaminhar aos Franciscanos da Guiné-Bissau. Com o recurso, os religiosos oferecem às famílias das estudantes uma “bolsa de estudos” para que possam ir à escola. 

“E para oferecer às crianças um material ligado à espiritualidade dos Focolares, encaminhamos a elas a Palavra de Vida (frase do evangelho destinada à vivência de cada mês) na língua portuguesa, junto de outros materiais de formação que promovem atitudes fraternas”.

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