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Diálogo na política

Participantes do Movimento dos Focolares relatam experiências da vida em comunidade. Leia e conheça um pouco mais sobre a realidade do Movimento no Brasil.

Em 2018 após um encontro com Vita e Andrew (então responsáveis mundiais do IV diálogo) iniciamos em minha cidade um grupo desse setor (éramos 2 voluntárias que professam fé e um casal que já participava do movimento que não professam fé religiosa). Desde então os estudos lá realizados sobre o diálogo, bem como as lives oportunas durante a pandemia e mais recentemente a formação da UPM realizada pelo regional das voluntárias SP/MS e posteriormente pelo centro Mariápolis Ginetta prepararam me para a experiência a seguir: Em uma festa ouvi meu irmão dizer a outras pessoas que havia ido ao comício de um candidato a presidente e senador que não são minha escolha. Vale notar que a diferença de idade entre nós dois é de 12 anos e durante muito tempo ele sempre me viu como sua irmãzinha e somente há 4/5 anos caiu a ficha que sou uma mulher casada mãe de 4 filhos profissional e militante em questões ambientais. Nossa mãe mora comigo e dessa maneira a maioria dos domingos ele vem a minha casa para um lanche da tarde para visita-la. Eu que já havia confirmado com a minha cunhada que ele realmente iria votar naquele candidato aproveitei para conversar com ele e lhe perguntar quais as suas motivações para tal decisão. Foi um momento bastante interessante pois procurei colocar em prática o que aprendi sobre diálogo e consciência. O candidato dele tem pensamentos, falas e atitudes que vão contra minha consciência bem como minha visão do cristianismo, mas foquei em travar um diálogo com a pessoa dele e não com a ideologia, dessa maneira conseguimos conversar e inclusive fui fazendo questionamentos para minha melhor compreensão da sua motivação. Isso me fez descobrir que uma pessoa tão querida a mim tem pensamentos por vezes opostos de como solucionar um mesmo problema. Como disse Jonhson da Silva (MPpU) “você defende que deve dar o anzol, eu defendo que deve dar o peixe. Então vamos debater”. Percebi nitidamente que toda essa conversa com ele não me provocou desconforto, não precisei fazer esforços grandiosos em nenhum momento, mesmo diante de posicionamentos que vão contra minha consciência, isso porque consegui realmente entender nosso carisma “Que todos sejam um”. Foi um momento único! Conheço o Ideal a 46 anos e arrisco dizer que essas foi uma das poucas vezes que percebi realmente como podemos construir esse mundo unido tão almejado com toda e qualquer pessoa que também o queira fazer.


Ana Beatriz – São José dos Campos/SP

Clique aqui para ver outras experiências dos empenhados do Movimento Humanidade Nova.

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