A Mariápolis Glória, que agora conta com uma centena de habitantes e mais de 40 construções, harmoniza-se muito bem com o ambiente. Nasceu, no início dos anos 70, da necessidade de um centro para a formação das comunidades do Movimento dos Focolares que estava se difundindo no norte do Brasil.
A generosidade de muitas pessoas não só tornou possível a sua atuação, mas promoveu o seu desenvolvimento de modo impensado. O terreno foi doado por um casal e algumas famílias foram morar no local. Assim teve início esta mariápolis permanente.
A área faz parte de Benevides, uma pequena cidade com pouco mais de 50 mil habitantes. É visível a pobreza que gera violência, abrindo as portas para o tráfico e o consumo de drogas. As primeiras vítimas são os adolescentes.
Neste panorama, a Mariápolis Glória apresenta-se como um oásis de humanidade. Aqui, há mais de 20 anos, surgiu a Escola Fiore e um “Centro de Acolhimento” para o período pós escola. As 300 crianças, que desde a primeira infância até o quinto ano do ensino fundamental, frequentam estas estruturas, encontram juntamente com a instrução, antes de tudo, uma família, uma casa que as acolhe.
Os operadores do Centro são todos ex-alunos. Para as crianças elas são verdadeiros modelos, porque vivem no mesmo ambiente delas e testemunham que é possível mudar. As experiências de vida são fortes. G. é um dos jovens que trabalha com as crianças e ensina informática. Vive num dos bairros mais violentos, mas seus olhos luminosos já dizem que o amor pode reconstruir até mesmo a sua família, onde os relacionamentos não existiam. “Devemos descobrir o que há por trás de cada comportamento inicialmente violento de muitas crianças. Procuramos ouví-las, para que sintam só o nosso amor. Depois, pouco a pouco, elas mudam”, conta a diretora da escola, Francisca. A tal ponto que um pai, traficante de drogas, disse: “O que é que existe aqui que fez o meu filho mudar?”.
Acesse o site da Mariápolis Glória aqui.