Enquanto Conselheiro de Saúde, ele encontrou uma oportunidade de atuar em favor da sua comunidade.
Sou Conselheiro de Saúde no meu bairro. Há 5 anos, quando fui eleito pela primeira vez, entendi que era nesta área, que poderia atuar como Humanidade Nova, facilitando que mais pessoas tivessem acesso à saúde. Isso nunca foi fácil, mas nunca desisti. Depois da pandemia o atendimento dos médicos clínicos duplicou, mas por várias circunstâncias (aposentadoria, saída de médicos para residência ou simplesmente doença) a lista de espera para uma consulta chegou a de ser de 90 dias.
Junto com o conselho, analisamos a necessidade de termos mais um médico clínico para reduzir o tempo de espera. Veio a ideia de transformar uma vaga em aberto de ginecologia (a demanda é atendida por uma ginecologista sem problema) para médico clínico. Essa solicitação se arrastava na burocracia. Até que um usuário veio até a mim dizendo que não conseguia atendimento. Convidei essa pessoa para a reunião do Conselho e também expus o problema para a gerente. Na reunião decidimos chamar a Supervisão Técnica de Saúde da região oeste de São Paulo junto com a OS que faz a gestão da UBS. Isso fez com que as engrenagens internas se acelerassem e conseguimos o terceiro médico que começa no dia 17/04. A perspectiva é que esses 90 dias baixem 60 ou até 45 dias, que não é o ideal, mas é algo razoável. Casos emergenciais, são avaliados e podem ser atendidos dentro das vagas reservadas para esse fim.
Sinto-me recompensado por fazer parte de uma entidade que pensa no coletivo e cuida das pessoas e para mim é viver aquela frase do Evangelho, “estive doente e me visitaste”. Temos ainda muitos desafios em relação ao SUS, mas confio que aos poucos estamos construindo aquilo que Domenico Mangano falava, criando fragmentos de reciprocidade.
José Eromildes Portella – São Paulo/SP
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