Uma luz na minha cidade

Por Luis Marques 
“Essa jornada me ensinou a ser luz em meio à escuridão; vou sair daqui com mais sabedoria divina”. As breves palavras de Maria Luiza parecem traduzir o sentimento geral daqueles que participaram da Jornada do Movimento dos Focolares realizada no domingo, 21 e outubro, no Arsenal da Esperança, no bairro da Mooca, zona leste de São Paulo.

“Uma luz na minha cidade” foi a temática desse dia de encontro. A jornada aconteceu num local muito especial: a antiga hospedaria de imigrantes, agora, é um espaço em que os missionários da Fraternidade da Esperança acolhem as pessoas em condição de rua.
Já na chegada, todos foram recebidos por um café organizado comunitariamente. Os participantes, por sua vez, contribuíram com o trabalho social desenvolvido pelo Arsenal da Esperança doando dois quilos de alimentos não perecíveis.
ParticipantesO clima de família foi marcado pela espontaneidade com a qual, por exemplo, desde o início, foram executadas as canções e apresentado cada momento da jornada, tarefa que coube a alguns jovens do Movimento dos Focolares.

Entre os participantes, cerca de 150 pessoas de diferentes gerações e vocações, membros do Movimento e novos. E também alguns velhos amigos. “Senti muita alegria em retornar ao Focolare e senti muita luz”, escreveu Marlene Borges. “Hoje, entendi que meus caminhos, minha vida, foram tecidos por um fio de ouro e o desejo do meu coração é seguir amando na minha vida, na profissão e casamento, com o olhar de Jesus, vendo e amando Jesus em cada um!”, completou Marlene.

História de um IdealNa abertura, além da saudação e apresentação dos participantes por região da cidade, todos foram convidados a estabelecer um breve diálogo com quem estava sentado ao lado, dizendo cinco palavras que definissem a si mesmos. A pequena dinâmica suscitou uma conversa animada. Em seguida, foi exibido um breve vídeo que apresentou, em linhas gerais, a história dos Focolares.
Na sequência, Rosinha e Luiz Colella, dois membros dos Focolares contaram a própria experiência do encontro com a espiritualidade da Unidade dos Focolares.

Carisma da UnidadeApós o intervalo e retomada do programa na sala com canções, o focolarino Adelmo introduziu um vídeo em que Chiara apresenta o carisma da Unidade (Payerne, Suíça).
Concluída a exibição do vídeo, houve um painel de experiências que, com simplicidade e autenticidade, refletiam a vida do carisma. As experiências foram ricas também pela sua diversidade do âmbito em que se deram: na paróquia; no âmbito do serviço social a pessoas marginalizadas; no âmbito da comunidade e na ação educativa com crianças.

O impacto das experiências foi realmente positivo. “Ouvir refletir a palavra de Chiara e os testemunhos dos participantes acrescentaram bastante. A vivência me ajuda a me esforçar para também viver a Palavra”, afirmou Maria de Lourdes, da Zona Norte. Ainda antes do almoço, Luís Marques e Cadu apresentaram, respectivamente, informações sobre Cidade Nova (revista e lançamentos de livros) e sobre o Projeto Milonga (voluntariado juvenil).

Arsenal da Esperança e Genfest – Preparado pelos funcionários do Arsenal da Esperança, o almoço foi servido no restaurante que, no passado, acolhera os imigrantes que chegavam ao Brasil. Foi um momento bastante agradável de convivência.
Retomado o programa na sala, esse foi dedicado à apresentação do que é o Arsenal da Esperança (feita pelo missionário Marco) e de como foi o Genfest nas Filipinas e no Brasil (feito pelas e pelos jovens), ambos momentos bastante ricos de vida e esperança.

No caso do Genfest, vale salientar que foram apresentadas informações, impressões e experiências desse momento que marcou a vida do Movimento neste ano, em especial do seu setor juvenil.
No final, Rafael Volpe apresentou uma canção de sua autoria que foi apresentada no Genfest Internacional.

Impactados por esse momento de alegria, todos foram convidados a participar da santa missa, celebrada na capela local. Porém, ainda antes da celebração, os participantes foram convidados a deixar suas impressões sobre a jornada, algumas das quais reproduzimos a seguir:
“Participar hoje desse evento foi como receber força, coragem, luz para recomeçar. Estou vivendo um momento especial que exige de mim muita vontade para recomeçar. A leveza, a harmonia de tudo o que foi vivido hoje aqui remeteu-me a Deus-Amor e à Sua luz. Não houve nada de ‘extraordinário’; houve a comunhão da simplicidade da vida no amor recíproco e na escola de Deus, recomeçando sempre. Obrigada!” (Maria Lúcia)
“Foi algo além de tudo que se discute nesses dias. Vocês mostraram a fraternidade universal, que vai ou que pode ir além das nossas fronteiras. Um amor que não exclui ninguém. Uma mentalidade de amor, não de morte”. (não assinado)
“Para mim, foi muito bom parar um pouco e refletir sobre ser luz na escuridão. Quando ligo a TV e vejo as notícias, parece que não tem esperança e aqui, a gente vê que há sempre esperança” (Creuza, Zona Sul)
“Gostei muito! Acho que foi um recomeço. Deveriam acontecer outros momentos como esse. É uma ocasião para convidar novas pessoas que queiram conhecer melhor essa vida. Eu sinto falta de dias como esse. Espero para o próximo ano, novos encontros. Obrigada a todos que se empenharam na organização!” (Mara Jorge)
“Para mim, participar dessa jornada foi um momento de poder me abastecer dessa experiência de Deus e de unidade com a comunidade. Fiquei bastante feliz com cada momento, em especial em conhecer o Arsenal da Esperança” (Gabriel)
“Muito obrigada! Esta jornada, como as outras das quais já participei, aumenta ainda mais a vontade e a força para sermos luz no mundo, iluminando a vida de todos com muito amor”. (Celina) 
“Foi um evento bastante emocionante. Amei estar aqui e poder participar!” (Marcus Vinícius)

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