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Vida na Paróquia

Participantes do Movimento dos Focolares relatam experiências da vida em comunidade. Leia e conheça um pouco mais sobre a realidade do Movimento no Brasil.

Quando se aproximava o segundo turno da eleição para Presidente da República, começou uma grande animosidade entre o grupo da Comunidade Paroquial, da qual eu estou coordenadora. Para acalmar os ânimos fui aconselhada pelo meu Pároco a silenciar o grupo até as eleições, dizendo que eu não ia conseguir suportar a confusão entre as pessoas. Mas eu logo descartei essa ideia porque não acho justo calar a voz das pessoas. Lembrei de uma experiencia que tive no nosso grupo das voluntárias de
Deus, quando ninguém quis me ouvir, diziam que tinham chegado a um consenso entre elas de colocar uma pedra em cima daquele assunto. Foi a maior provação da minha vida Ideal. Com o tempo e com o meu sincero desejo de ser fiel a Jesus Abandonado, consegui seguir em frente. Por isso descartei o conselho de silenciar o grupo, mas e o que fazer? Então coloquei no grupo da comunidade a minha experiência de como procuro viver o Ideal de Chiara Lubich que transformou a minha vida, lógico que numa linguagem que pudessem compreender:


Querida Comunidade!
Acho tão lindo saber que temos um grupo, que é a continuação da Igreja, que tem como único objetivo, viver a Palavra. Conto para vocês uma experiência pessoal que marcou a minha vida para sempre. Eu era bem jovem. Tinha a minha religião que herdei dos meus pais. Mas a um certo momento comecei fazer muitas perguntas: a maior era: por que eu precisava ir na Igreja? Minha mãe me explicava, mas eu achava que minha mãe estava desatualizada da vida. Mas eu continuei indo na Igreja porque tinha medo de morrer e ir pro inferno, porque a desobedecia.


Um dia participei de um encontro que mudou a minha vida. Alguém perguntou a uma Santa do nosso tempo: você sabe qual foi o momento que Jesus mais sofreu? Ela respondeu de acordo com o que era conhecido. “No Horto das Oliveiras, quando suou sangue…” não, disse o sacerdote, Jesus mais sofreu quando no alto da Cruz gritou: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes? Naquele momento Ele respondeu todos os meus Por quês…..Não quero fazer uma palestra para vocês que conhecem a Bíblia muito bem, mas se Jesus nos amou tanto, não devemos também nós nos amarmos, como Ele nos amou? Ele está presente em todas as pessoas. Naquelas que pensam como eu e naquelas que pensam diferentes de mim. Senão que religião é a nossa?

Recebemos Jesus Eucaristia, sempre, mas não nos deixamos transformar num outro Ele, que vive em meio ao mundo; Jesus que trabalha, que sofre, que tem dúvidas, que vive só, que tem medo, etc. Convido a todos vocês a fazermos juntos a experiência de respeitar a opinião do outro, de não julgarmos ninguém. O julgamento afasta Jesus de nós. Rezemos para que o nosso mundo, o nosso País, seja melhor. Confiemos em Maria Santíssima, Ela está no Céu e de lá intercede por nós. Ninguém saiu do grupo e não houve mais discussão.

Tereza Scatambulo – Maringá/PR

Clique aqui para ver outras experiências dos empenhados do Movimento Humanidade Nova.

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