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35 dias após a tragédia: como está a acolhida de voluntários no Rio Grande do Sul

Direto do Centro Mariápolis Arnold, localizado em São Leopoldo (RS), recebemos um depoimento dos 35 dias de acolhimento de voluntários, quando a crise climática transformou a realidade da população do Sul.

Por Liria Pasinato Fronza.

Passaram-se 35 dias desde o dia 30 de abril, início das chuvas que inundaram o Estado do Rio Grande do Sul. Centenas de mortes, milhares de desalojados, prejuízos incalculáveis nos campos, nas cidades, nas estradas.

Todos surpreendidos por uma avalanche catastrófica sem precedentes, sentimo-nos interpelados a agir sem muito entender como, onde ou com quem. No fim do túnel, uma luz que nos impulsiona e nos faz ouvir e acolher o grito de socorro de cada irmão, de cada irmã: Jesus Abandonado (entenda o significado para o Carisma da Unidade). Assim fomos ao encontro de parentes, amigos, conhecidos da nossa comunidade. Acolhemos famílias que perderam tudo, socorremos outras e prestamos ajuda na Universidade Unisinos, de São Leopoldo, que acolheu em torno de 2 mil desabrigados.

A partir de então, iniciou-se uma parceria com os órgãos públicos e foi assim que começamos a acolher grupos de voluntários vindos de outros estados para prestar socorros. Os primeiros a serem acolhidos aqui no Centro Mariápolis Arnold foram alguns professores, psicólogos e alunos do curso de Enfermagem da Faculdade Adventista do Paraná (Ivatuba). Um grupo com grande vivacidade juvenil e de coração generoso, trouxeram consigo não só a disposição de ajudas humanas, mas abundantes doações, cobertores, roupas, material de limpeza, água, medicamentos, gêneros alimentícios. Com eles, fizemos uma profunda experiência do diálogo da vida.

Tocados pela acolhida e confiança recíproca, imediatamente nos sentimos em clima de família. Tudo foi sendo construído e assumido por todos desde a limpeza dos quartos, banheiros, refeitório, lavagem da louça, uso da cozinha e utensílios. E o Centro Mariápolis, de repente, foi mudando de configuração: o bar passou a ser também  sala de estar, a recepção a ter mesas de trabalho, dando a impressão de que tudo era de todos. Corrimões  de escadas e toldos sem coberturas viraram varais, assim como bancos, cadeiras e cercas verdes.

Na última noite, após 15 dias, no Culto de encerramento, um convite para estarmos todos com eles, o Focolare, as famílias abrigadas e funcionários. Um momento forte de comunhão, agradecimentos, ação de graças e oração. Alguns deles expressaram, através de mensagens, os sentimentos de alegria, de proximidade fraterna experimentados nessa convivência provocada por essa tão grande tragédia. Os abraços de despedida nos faziam sentir num clima de encerramento de Mariápolis (evento internacional dos Focolares, onde reúnem toda a comunidade, desde os mais jovens, até os mais velhos).

Continuamos a receber outros profissionais nas áreas da saúde e segurança. 

Podemos dizer que esse acontecimento fez florescer um ciclo de vida nova, abrindo-nos cada vez mais a uma comunhão de bens, de serviços que podemos prestar como Movimento dos Focolare à humanidade.

Saiba como doar

Você pode fazer parte desta rede de solidariedade para a população do Rio Grande do Sul e realizar a sua doação pelos canais confiáveis disponibilizados pelo Movimento dos Focolares Brasil, em parceria com a Economia de Comunhão Brasil e o Comitê do Genfest 2024.

Dados bancários:

Banco do Brasil

Agência: 2665-4

Conta Corrente: 39.322-3

Pix: acaoemergencial@anpecom.com.br

Associação Nacional por uma Economia de Comunhão

CNPJ: 07.638.735/0001-94

Em caso de dúvidas, estamos à disposição em nossos canais de comunicação oficiais. 

Doação internacional:

Azione per un Mondo Unito ETS (AMU)
IBAN: IT 58 S 05018 03200 000011204344 presso Banca Popolare Etica
Codice SWIFT/BIC: ETICIT22XXX

Azione per Famiglie Nuove ONLUS (AFN)
IBAN: IT 92 J 05018 03200 000016978561 presso Banca Popolare Etica
Codice SWIFT/BIC: ETICIT22XXX

IMPORTANTE:
Especifique no ato da doação: Emergência das inundações no Brasil

Para essas doações são previstos benefícios fiscais em muitos países da União Europeia e em outros países do mundo, segundo as normas locais. Os contribuintes italianos, por exemplo, poderão obter dedução e detração de renda, segundo as normas previstas pelas ONLUS.

Alguns registros que marcaram os 35 dias:

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