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Experiências em tempos de coronavírus

Nos últimos dias recebemos muitas experiências, testemunhos concretos, de solidariedade, doação, amor ao próximo e muita vida em tempos de pandemia. Publicamos em nossas redes sociais e agora compartilhamos aqui em nosso site.

Um verdadeiro suspiro de esperança em tempos tão difíceis.

 

Acolhida em tempos de coronavírus

 

Luiza Caridade, de Benevides, no Pará, enviou pra gente essa exeperiência de acolhida e amor ao próximo em tempos de quarentena.

“Nesse período de pândemia, recebi em minha casa uma amiga e companheira de caminhada espiritual, já idosa e debilitada. A Campanha da Fraternidade e todos os ensinamentos recebidos de Chiara Lubich, fundadora dos Focolares, têm me ajudado a viver cada dia na graça de Deus e cuidar dela melhor forma possível.

Rezar juntas, caminhar pela manhã pra pegar sol, participar da missa na televisão, etc. Tem sido uma forma de viver com intensidade e amor minha quaresma.

E como o amor atrai amor, tenho recebido, mesmo à distância, a força e a solidariedade de vários companheiros. Minha irmã, por exemplo, que mora ao meu lado e é ministra da Eucaristia tem partilhado comigo essa linda experiência de doação nos fortalecendo diariamente com a Eucaristia, autorizada pelo nosso pároco a nos trazer em casa.

Agradeço a Deus por ter tido a graça de, mesmo nesse tempo de distanciamento social, ter me concedido a oportunidade de viver em doação total com ele por meio dessa irmã necessitada de amor, cuidados e atenção.”

 

Solidariedade em tempos de coronavírus

 

“Hoje fiz uma experiência bem legal da comunhão dos bens. Como muitos sabem, houve cortes de recursos na pós graduação e eu estava sem receber a bolsa do mestrado desde outubro e confesso que já estava sem esperança de voltar a receber.

Com a pandemia, sentia o desejo de ajudar as pessoas que estão em maior vulnerabilidade social, pois a eminência da doença já é triste e muitas famílias não podem trabalhar e não tem o mínimo necessário para sobreviver.

Nesta semana, recebi inesperadamente a notícia do retorno da bolsa, então imediatamente comentei com alguns amigos que gostaria de doar alimentos para as famílias necessitadas. Neste mesmo dia, soube que alguém comunicou as necessidades de uma família com muitas crianças numa situação bem precária. Essa foto registra o momento das compras para fazer as cestas básicas e enviar à família.

A senhora que recebeu agradeceu muito e abençoou esse gesto. Senti no meu coração que apesar de ser um pequeno ato de amor, eu pude oferecer esse esforço de enfrentar filas, o sufoco da máscara e dedicar esse tempo para levar alegria e conforto para quem precisa.

A gente experimenta uma uma paz muito grande quando faz as coisas por Jesus.”

Adelina Prietto (Santa Maria – RS)

 

Partilha em tempos de coronavírus

 

Em Benevides, no Pará, um grupo animado de jovens e adolescentes ligados à paróquia se encontram para conhecer mais sobre a espiritualidade dos Focolares. As reuniões presenciais estavam acontecendo todas as terças-feiras, cada semana em uma casa. É um grupo bem diverso em personalidades e também em condições sociais.


Silvana é uma das jovens, de uma família de 4 filhos na qual somente o pai trabalha, e nesse momento vivenciam dificuldades econômicas. O grupo teve a ideia então de fazer uma cesta básica para eles.

Lucas, por exemplo não se contentou em fazer a sua partilha, mas percorreu as casas dos seus familiares, que doaram coisas muito boas. Além disso, ofereceu-se para ir de carro a casa de cada um para pegar as coisas que estavam doando. Os habitantes da Mariapolis também contribuíram e, no fim, ao invés de uma, puderam preparar duas cestas básicas.


Por enquanto, as reuniões são virtuais. Na verdade, por conferência telefônica há que alguns jovens do grupo não têm uma boa internet em casa. A última reunião durou 2 horas e no final todos fizeram o compromisso coletivo de rezar o terço todos os dias com a família.

Proteção em tempos de coronavírus

 

“Moro na Mariapolis Gloria, no Estado do Pará, e neste tempo de quarentena, as pessoas do grupo do Whatsapp enviam muitas mensagens. A Mariápolis é como um condomínio e alguém postou no grupo o quão importante seria que trabalhadores e pessoas que realizassem entregas dentro da Mariápolis tivessem uma máscara, para a proteção de todos, especialmente dos mais vulneráveis.

Logo pensei na quantidade de TNT que tenho e que guardo para a decoração ou teatrinhos que às vezes fazemos. Pensei que acumular tesouros no Céu é melhor do que acumular tesouro na terra. Assim, fui ver na internet algum modo simples de fazer máscaras, e encontrei um no qual a máscara fica pronta em 10 segundos. Fiz uma boa quantidade e fui entregar na portaria. Quando coloquei a mensagem no grupo, houve vários aplausos, mas eu fiquei sobretudo muito contente por ter escutado a voz do Espírito Santo e ter agido imediatamente.”

Margarida Freitas

 

Amor concreto em tempos de coronavírus

Neste último período, devido à pandemia e à necessidade de isolamento recomendado pelas autoridades, parece que estamos vivendo a experiência de Chiara: “eram tempos de guerra e tudo desmoronava”. Então me perguntei o que poderia fazer nessa situação. Vi que para amar mais concretamente os irmãos e irmãs mais necessitados, devido à letalidade da doença, poderia começar a confeccionar máscaras para doar, sobretudo para aqueles que se encontram em grupos de risco e precisam sair de casa. Mesmo se não sei costurar, convidei algumas voluntárias e algumas amigas para me ajudar nessa empreitada. E foi assim que recebi a providência para comprar os materiais e para imprimir as instruções de como utilizar as máscaras. Já fizemos cerca de 400 máscaras e outras 200 estão em confecção. Mas ainda queremos chegar a 1500 máscaras!

Ivonete A.

 

Serviço em tempos de coronavírus

 

Em Belo Horizonte, uma voluntária por meio da Pastoral dos Sem Teto começou a fazer quentinhas para as pessoas que vivem na rua próximo à sua casa. Logo a ideia foi acolhida por outras pessoas da comunidade que tinham o desejo de ir ao encontro dos mais pobres e necessitados. O grupo foi chamado de “Servos por amor”.

A rede de voluntários aumenta cada vez mais e já puderam mapear os necessitados do bairro vizinho e distribuir também ali as quentinhas e outros materiais de necessidades básicas. Até mesmo uma família de refugiados da Síria se dispôs a ajudar na preparação das refeições. A contínua providência que chega, encoraja a todos a seguir adiante.

 

Inclusive uma gen4 (criança do Movimento dos Focolares) que não pode festejar o seu aniversário, doou chocolates e balas, junto com uma mensagem, a todos aqueles estavam recebendo as marmitas.

 

Doação em tempos de coronavírus

Claúdia, da Mariápolis Ginetta

Uma amiga que vive com a família em uma fazenda produtora de alimentos orgânicos, no interior do estado de São Paulo, ofereceram uma doação de tomates. Como era uma tonelada, vimos que seria melhor doar ao Centro Mariápolis, já que era um período que ainda haviam encontros sendo realizados. Distribuímos inclusive a famílias da Mariápolis. Depois disso, os seus pais foram conhecer a Mariápolis e ficaram tocados pela vida dos seus habitantes. Desde então, enviam periodicamente grandes quantidades de fruta e verdura.

 

Recentemente, essa amiga me ligou para dizer que havia um caminhão de fruta e verdura para doar, mas como o Centro Mariápolis estava fechado por causa da pandemia, destinamos as doações às famílias e pessoas do Bairro do Carmo, onde há muitos anos desenvolvemos um intenso trabalho social. Pudemos alcançar cerca de 163 famílias.

 

Amor ao próximo em tempos de coronavírus

 

Maria Mirtes nos conta uma experiência:

“Nesses dias de Pandemia, em que somos convidados a confiar no imenso de Deus e a ficar em casa por Amor ao próximo, temos mais tempo para ler, portanto para refletir sobre a Palavra de Deus.
Em um dos dias, me veio muito forte: “Tudo aquilo que fizeres ao menor dos meus irmãos, é a mim que o fazes.” Foi então que pensei sair de mim, para amar os nossos irmãos da comunidade Estiva, que assim como todos, nesse momento passam por dificuldades.
Lembrei de uma voluntária que havia colocado à disposição uma determinada quantia para ajudá-los e pensei: por que não organizar cestas básicas? Mesmo se essa quantia não é suficiente, devemos acreditar na Providência de Deus.
Compartilhei essa proposta com o meu grupo dos Focolares e com uma voluntária que desenvolve um trabalho social na Estiva e então vimos juntas de estender o convite a todos os outros.
Logo os frutos da providência começaram a chegar. Através de transferências bancárias chegaram os recursos para comprar 30 cestas básicas, contendo 10 itens em cada. Assim, beneficiamos as famílias mais necessitadas.
Era visível a alegria dos que receberam.”

A comunidade da Estiva fica localizada a 50km de Teresina, no Piauí, e 20km de Caxias, no Maranhão. Já há alguns anos, os Focolares realizam ali iniciativas pontuais de formação humana e espiritual, além do projeto de adoção à distância.

 

 

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